A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), iniciada na última terça-feira (7), paralisa totalmente 213 agências e parcialmente 292, de um total de 1.605 unidades no país, segundo balanço divulgado no início da noite de ontem (8) pelo Ministério da Previdência Social. No total, 1.858 servidores aderiram à greve, o que equivale a 5,72% de todo o pessoal do Instituto, de acordo com os dados do ministério.
Segundo o presidente da Confederação Nacional do Trabalhadores em Seguridade Social, Sandro César, funcionários de 19 estados aderiram à paralisação. “Até o próximo dia 10, todos os estados estarão em greve”, afirmou. Para ele, o número de servidores em greve é maior. “Pelos contatos que fazemos com os sindicatos em todo o país, 80% da categoria está em greve, nos estados onde há o movimento”. Os grevistas reivindicam reajuste salarial de 27,5% e melhores condições de trabalho. A questão está sendo negociada com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Também ontem, representantes das entidades dos servidores do Poder Executivo se reuniram com a pasta e rejeitaram o índice de 21,3%, que seria pago em parcelas até 2019. Uma nova reunião deverá ocorrer até o final deste mês. Em nota, o ministério ressaltou “que o governo procura acelerar as negociações para evitar greves no serviço público”.
Além dos trabalhadores do INSS, estão em greve os professores universitários, os trabalhadores técnico-administrativos das instituições federais de ensino, os servidores do Judiciário Federal e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
Segundo o Ministério da Previdência, os segurados com agendamento nas agências da Previdência Social que não forem atendidos devido à greve terão a data de atendimento remarcada. O reagendamento será realizado pela própria agência e o segurado poderá confirmar a nova data ligando para a Central 135 no dia seguinte à data originalmente marcada para o atendimento.
O ministério diz que mantém "as portas abertas às suas entidades representativas para a construção de uma solução que contemple os interesses de todos" e que têm baseado sua relação com os servidores no respeito, no diálogo e na compreensão da importância do papel da categoria no reconhecimento dos direitos da clientela previdenciária.
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