Praias da Grande Ilha continuam impróprias para banho, diz laudo
Segundo laudo da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Naturais, o índice de bactérias encontradas por amostra de água recolhida na nas praias Ponta d´Areia, São Marcos, Calhau, Olho d´Água, Praia do Meio e Araçagi continua acima do normal
Laudo divulgado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) na sexta-feira aponta que todas as praias da Região Metropolitana de São Luís permanecem impróprias para banho. De acordo com a pasta e com base em levantamento realizado entre os dias 3 de maio e 14 de junho, o índice de bactérias encontradas por amostra de água recolhida na orla da Grande Ilha continua acima do normal.
Ainda segundo a Sema, foram coletadas e analisadas amostras de água em 21 pontos distribuídos nas praias da Ponta d'Areia, São Marcos, Calhau, Olho d'Água, Praia do Meio e Araçagi. Somente na Ponta d'Areia, por exemplo, seis pontos foram monitorados. Na Praia de São Marcos, os técnicos da Sema realizaram a coleta de volumes de água em quatro trechos.
Na Praia do Calhau, outras três amostras foram recolhidas, mesma quantidade da registrada na Praia do Araçagi. Nas praias do Olho d'Água e do Meio, os técnicos da Sema recolheram duas amostras cada. Após o recolhimento, as amostras foram encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), onde foram analisadas.
Ainda segundo o relatório da Sema, para a avaliação da qualidade de água, foi utilizado – conforme determinação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) – o indicador microbiológico conhecido por Enterococos (do grupo Estreptocos Fecais). De acordo com o Conama, as águas das praias são consideradas próprias quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras e recolhidas no mesmo local, houver no máximo 100 Enterococos por 100 mililitros de água.
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Em abril deste ano, com base em informações da Sema, foram divulgados três relatórios da pasta e que verificaram os índices de balneabilidade da orla da Grande Ilha. De acordo com a Sema, em todos os pareceres técnicos do período, as praias da Região Metropolitana apresentaram índices de bactérias acima da qualidade admitida pelo Conama. Em maio deste ano, foi divulgado apenas um relatório que confirmou os níveis altos de impureza das praias de São Luís.
O Estado entrou em contato com a assessoria do Governo do Maranhão para saber se há algum projeto de despoluição da orla de São Luís. Até o fechamento desta edição, não houve resposta.
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A divulgação dos laudos de balneabilidade das praias de São Luís atende a uma determinação do Ministério Público Federal (MPF), após ajuizamento de Ação Civil Pública sobre o tema. De acordo com o MPF, além da divulgação dos relatórios, o Governo do Maranhão também é obrigado a fixar placas em trechos considerados impróprios, com o objetivo de alertar a população sobre os malefícios do banho naquele trecho.
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