Prisão preventiva

Réu é preso por ameaçar jurados antes de julgamento por homicídio em Timon

Justiça determinou prisão preventiva após denúncias de coação.

Imirante.com

Atualizada em 07/11/2025 às 15h14
Foto: Divulgação/Comarca de Joinville / (Imagem ilustrativa). (FOTO: Divulgação/Comarca de Joinville)

TIMON — A Justiça do Maranhão determinou a prisão preventiva de Josué Carlos Silva Lima, réu preso por ameaçar jurados que participariam de seu julgamento no Tribunal do Júri de Timon, no Leste do estado. A decisão foi cumprida pela Polícia Civil após denúncias de que o acusado, ou pessoas ligadas a ele, teriam tentado coagir jurados a votar por sua absolvição.

Josué Lima seria julgado no dia 4 de novembro por homicídio duplamente qualificado. O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público do Maranhão (MP-MA) na segunda-feira (3), após relatos de que o réu tinha acesso à lista dos jurados e que visitas teriam sido feitas às residências dos mesmos.

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Coação e busca por provas

De acordo com o promotor Carlos Pinto de Almeida Júnior, da 2ª Promotoria Criminal de Timon, a conduta configura crime de coação no curso do processo. Com base nisso, ele solicitou:

  • Prisão preventiva do réu
  • Mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao acusado
  • Suspensão do julgamento por risco à imparcialidade do júri

As buscas tinham como objetivo localizar celulares, tablets, computadores e a lista dos jurados com possíveis anotações sobre contatos e visitas.

Armas apreendidas e agravamento da situação

Durante o cumprimento dos mandados, a polícia encontrou duas armas de fogo:

  • Uma com Josué Lima
  • Outra com seu pai, Carlos Sérgio Correia Lima, que seria testemunha de defesa no julgamento

Para o Ministério Público, a presença das armas reforça a tentativa de intimidação e aumenta a gravidade da situação.

Pedido de transferência do julgamento

Diante dos fatos, o promotor solicitou que o julgamento fosse transferido para a Comarca da Grande Ilha de São Luís. Segundo ele, a capital oferece mais segurança e estrutura para garantir a imparcialidade do júri e a integridade do processo.

A juíza Gisa Fernanda Nery Mendonça Benício, da 2ª Vara Criminal de Timon, acatou todos os pedidos do MP-MA, incluindo a suspensão do julgamento.

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