TIMON - As denúncias de violência contra crianças e adolescentes cresceram, em Timon, segundo a promotoria da infância e juventude. Uma informação que preocupa, pois no município a estrutura para atender a todos os casos não é suficiente. O conselho tutelar, por exemplo, não possui um carro, nem prédio próprio. Os conselheiros explicam que o Poder Público Municipal já se comprometeu a solucinar o caso o quanto antes. Enquanto isso, são obrigados a trabalhar com o que têm. "A gente tenta na medida do possível atender a todos os chamados." disse, Iranilson Araújo, conselheiro tutelar.
Mas o Ministério Público Estadual revela que os problemas vão além. A mortalidade infantil, por exemplo, que o Ministério da Saúde incluiu Timon entre os municípios que são prioridade na redução do número de crianças que morrem com menos de um ano de idade.
E a situação de pobreza, em que vive a maioria de meninos e meninas que sofrem violência, torna necessários programas de apoio a essas vítimas. Programas não só do governo federal, como também do governo municipal. Para o promotor da infância e juventude, os trabalhos feitos hoje em Timon não são suficientes. "É importante ter o CREAS, CRAS, CAPS? Sim. Mas o município também precisa ter seus programas sociais. O município tem que ser responsável por suas crianças ", entende o Promotor de Justiça Eduardo Borges.
O Promotor de Justiça sugere ainda que seja criado um conselho tutelar na zona rural de Timon, onde ele acredita que ocorrem vários casos de violência contra crianças e adolescentes. Essa criação, no entanto, compete ao executivo municipal.
A Secretaria de Desenvolvimento Social de Timon informou que tem projetos de apoio a crianças vítimas de violência, como cursos de informática e de reforço escolar. Informou ainda que o município entra em contrapartida nos programas do governo federal.
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