Transporte público

Ônibus da 1001 voltam a circular, e greve geral é descartada: “Nenhuma empresa agora tem paralisação”, diz presidente do Sindicato

O retorno ocorreu depois que a Prefeitura realizou o repasse do subsídio ao Sindicato das Empresas de Transporte (SET), conforme determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região.

Imirante.com

Atualizada em 27/11/2025 às 08h26
Rodoviários encerram paralisação na Grande São Luís (Foto: Juvêncio Martins/TV Mirante)

SÃO LUÍS - A greve dos rodoviários da 1001 chegou ao fim, após 12 dias sem ônibus da empresa circulando em São Luís. A greve geral foi descartada. “Nenhuma empresa agora tem paralisação”, disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Brito, em entrevista à Mirante News FM.

A paralisação da 1001 havia sido motivada pela falta de pagamento de salários, benefícios e rescisões. Resta ainda um impasse com os empregados desligados da 1001, que será negociado em audiência. Os trabalhadores ativos aguardam o pagamento do tíquete-alimentação, mas estão cumprindo suas atividades normalmente.

O retorno ocorreu depois que a Prefeitura realizou o repasse do subsídio ao Sindicato das Empresas de Transporte (SET), conforme determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região. Com o pagamento, o SET e suas consorciadas tiveram prazo de 12 horas para quitar os atrasados, o que possibilitou a retomada do serviço.

Veja a nota do Sindicato dos Rodoviários:

"O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Maranhão informa que a paralisação que havia sido anunciada para esta quarta-feira (26), foi suspensa. A decisão foi tomada após a confirmação da regularização dos pagamentos devidos aos trabalhadores, pelas empresas que atuam no sistema de transporte público de São Luís.

O Sindicato dos Rodoviários do Maranhão reafirma que sempre esteve aberto ao diálogo, e que só foi possível tomar esta decisão, após as reivindicações da categoria serem atendidas pela patronal. Agradecemos ao poder judiciário, principalmente, ao Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão, pelo apoio concedido a entidade e por se posicionar favorável aos trabalhadores". 

A Expresso Marina também havia aderido ao movimento, mas os funcionários já tinham retornado ao trabalho após a regularização dos valores pendentes nessa quarta-feira (19).

O Expresso Marina é responsável por linhas que atendem diversos bairros e comunidades, entre eles: Vila Cascavel, Mato Grosso, Tajipuru, Tajaçuaba, Vila Vitória, Cajupary/Nova Vida, Vila Aparecida, Cidade Olímpica, Santa Clara, Socorrão Rodoviária, São Raimundo/Bandeira Tribuzzi, Uema Ipase, Janaína Riod, Cidade Operária/São Francisco, José Reinaldo Tavares, Maiobinha, Tropical/Santos Dumont e Tropical/São Francisco.

Durante os dias de impasse, a população de mais de 30 bairros enfrentou transtornos, com redução de linhas e longas esperas nas paradas de ônibus da Grande São Luís.

Juntas, as empresas 1001 e Expresso Marina operam cerca de 270 ônibus na capital e na região metropolitana. A normalização total dos serviços traz alívio aos usuários do transporte público coletivo, que enfretavam transtornos e pagavam mais caro com transporte por aplicativo desde o início da greve, no dia 14 de novembro.

SET informou sobre repasse dos valores às empresas

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) informou nessa terça que, após o pagamento do subsídio referente ao mês de outubro, realizado pela Prefeitura de São Luís no fim da tarde, “adotou as providências para repassar os valores às empresas, garantindo o pagamento dos salários e dos tickets dos trabalhadores”.

Pagamento do subsídio pela Prefeitura de São Luís

A Prefeitura de São Luís já havia informado, em nota encaminhada ao Imirante na noite de segunda-feira (24), que cumpriria a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA), que indeferiu o pedido do Município para repassar o subsídio diretamente aos trabalhadores e determinou que o valor seja enviado ao Sindicato das Empresas de Transporte (SET).

A decisão ocorreu em meio ao agravamento da crise no transporte público da capital, marcada por atrasos salariais, paralisações parciais da frota e acusações de inadimplência entre a Prefeitura e as empresas concessionárias.

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