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André Fufuca diz que fica no PP e que não será expulso do partido

Ministro falou pela primeira vez após ser destituído do comando do PP no Maranhão; comando agora é da deputada federal Amanda Gentil

Carla Lima e Rodrigo Bomfim/Ipolítica

Atualizada em 11/10/2025 às 11h24
Ao Imirante, Fufuca falou com exclusividade e pela primeira vez sobre a sua destituição no comando do PP do Maranhão (Divulgação)

SÃO LUÍS – O ministro dos Esportes, André Fufuca (PP) falou pela primeira vez após ser destituído do comando do PP no Maranhão. Com exclusividade ao Imirante, Fufuca também confirmou que não há previsão de expulsão partidária.

Sobre as consequências de sua decisão de permanecer, o maranhense disse que perdeu os espaços na direção nacional e também a presidência estadual do PP.

“Me tiraram o comando do partido no Maranhão e também a vaga de vice-presidente nacional”, pontuou o ministro, confirmando que fica no partido. "Não há previsão sobre expulsão. Continuo no PP", concluiu.

Fufuca agora pode ficar no cargo ate o início de abril - prazo máximo para desincompatibilização de agentes públicos que querem disputar as eleições em 2026. Fufuca é pré-candidato ao Senado.

Amanda Gentil fica com o comando do PP no Maranhão

O comando na sigla passa a ser da deputada federal Amanda Gentil (PP). A direção nacional do PP anunciou, em nota divulgada nesta quarta-feira (8), que o diretório do partido no Maranhão passará por uma intervenção.

O presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira (PI), já havia declarado anteriormente que não pretendia expulsar Fufuca. Vale lembrar que o ministro é homem de confiança de Nogueira e teve carta branca para articular o espaço no governo Lula no início do mandato do petista.

Antes do desfecho do ‘fica ou não fica’ no Ministério de Esporte, Fufuca dizia a aliados que se tivesse que escolher, escolheria sair porque precisava do partido para sua candidatura ao Senado.

“O meu trabalho está acima de quaisquer questões e disputas partidárias internas”, diz Fufuca

Fufuca divulgou uma nota reafirmando seu compromisso com o desenvolvimento do Maranhão e do Brasil. No comunicado, Fufuca destacou a importância da união e do trabalho conjunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltando que seu foco permanece voltado à entrega de resultados e políticas públicas eficazes, acima de disputas partidárias.

"Prezado povo do Maranhão e cidadãos de todo o Brasil,

Dirijo-me a vocês neste momento para reafirmar meu compromisso inabalável com a missão que me foi confiada: a de trabalhar incansavelmente pelo desenvolvimento do nosso estado e do nosso país.
Minha fidelidade é, primeiramente ao povo que confiou o seu voto e me concedeu a honra do mandato. Neste sentido, seguirei contribuindo de forma construtiva e dedicada para a boa gestão e governabilidade do país, lado a lado com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O meu trabalho e a minha atuação estão, inequivocamente, acima de quaisquer questões e disputas partidárias internas. A pauta do desenvolvimento social e econômico do Maranhão e do Brasil está acima de quaisquer divergências.

Meu posicionamento continuará firme, seguindo focado na tarefa de entregar políticas públicas eficazes, mantendo a palavra e a postura de quem trabalha pelo bem comum. O trabalho não para.

André Fufuca
Ministro de Estado do Esporte e Deputado Federal (MA)"

Fufuca disse que vai ajudar Lula ‘a ser presidente do Brasil’ em 2026

Em discurso realizado nesta segunda-feira (6) em Imperatriz, durante evento de entregas de unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida em Imperatriz (MA), Fufuca declarou lealdade ao presidente Lula. O presidente cumpria agenda no Maranhão e estava no palanque.

"Me deram só cinco minutos para falar e vou terminar a minha fala, não o meu compromisso com você [Lula]. Eu queria lhe dizer, presidente, que o importante não é justificar o erro - é evitar que ele se repita. Em 2022, eu cometi um erro. Mas agora em 2026, pode ser que o meu corpo esteja amarrado, mas a minha alma, o meu coração e a minha força de vontade estarão livres para brigar e ajudar Luiz Inácio Lula da Silva a ser presidente do Brasil", afirmou o ministro.

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