PROIBIDO

Câmara aprova cassação de alvará por venda de 'vape' em SL

Projeto de Lei prevê cassação imediata do alvará de estabelecimentos que comercializarem cigarros eletrônicos em São Luís.

Kailane Nunes / Ipolítica

Atualizada em 24/09/2025 às 17h37
Autor da proposta, vereador Marcelo Poeta (Divulgação)

SÃO LUÍS - Foi aprovado pela Câmara Municipal de São Luís,  o Projeto de Lei (PL) de autoria do vereador Marcelo Poeta (PSB), que determina a cassação da licença de funcionamento de estabelecimentos comerciais flagrados vendendo cigarros eletrônicos e dispositivos similares, como “vaper”, “vape”, “pod system” e “vaper pen”.

Segundo a proposta, qualquer ponto de venda formal que comercialize os produtos proibidos poderá ter o alvará suspenso de imediato, impedindo sua continuidade no mercado municipal.

Fiscalização e saúde pública sobre o 'vape'

Marcelo Poeta destaca, no texto, a necessidade de ampliar a fiscalização e restringir a oferta desses dispositivos, frequentemente associados a riscos à saúde. 

Se sancionada, a medida passará a integrar a legislação municipal, cabendo à Prefeitura a fiscalização e aplicação das penalidades previstas.

Proibição nacional reforça cassação de alvará por venda de cigarros eletrônicos

Desde 2009, a comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos estão proibidas no Brasil por decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em abril de 2024, a agência manteve a proibição após reunião da diretoria colegiada, considerando o cenário internacional, manifestações da comunidade científica e os resultados da consulta pública. Entre os principais argumentos estão o aumento do consumo entre jovens em países como Estados Unidos e Reino Unido, o potencial de dependência — já que os dispositivos podem conter até 20 vezes mais nicotina que o cigarro convencional — e os riscos à saúde, como casos de lesão pulmonar aguda registrados em diversos países.

A Anvisa também alertou para o impacto negativo que a liberação dos dispositivos poderia causar nas políticas públicas de controle do tabaco. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça esse posicionamento, afirmando que, com base nas evidências atuais, não é recomendado que governos permitam a venda dos cigarros eletrônicos como alternativa ao tabagismo. No Brasil, o uso e a comercialização continuam ilegais, e a importação configura crime de contrabando, sujeito às penalidades previstas em lei.

Principais pontos do Projeto de Lei

Alvo da norma: todos os estabelecimentos que comercializem os dispositivos citados.

Medida prevista: perda imediata da licença de funcionamento, ou seja, a empresa ficaria impedida de exercer atividades comerciais no município se constatada a infração.

Âmbito de aplicação: território do município de São Luís, abrangendo tanto lojas físicas quanto qualquer ponto de venda que opere formalmente.

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