Josimar prefere o silêncio e Pastor Gil alega inocência
Deputados maranhenses foram denunciados pela PGR por negociação de propina de verba oriunda de emendas parlamentares; eles participaram de audiência de instrução no STF
SÃO LUÍS - Os deputados Josimar de Maranhãozinho e Pastor Gil (ambos do PL) participaram de audiência de instrução no Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta quinta-feira, 28. Os parlamentares são acusados pela Procuradoria Geral da República (PGR) de comercialização de emendas parlamentares. No depoimento, Josimar preferiu o silêncio e Pastor Gil alegou inocência.
Sobre o silêncio, o deputado Josimar de Maranhãozinho disse à coluna que a PGR deixiu de apresentar documentos que são essenciais para sua defesa. Segundo ele, há mensagens usadas como prova, mas que não estão com o diálogo completo.
“Eu e meus advogados entendemos que a falta da transcrição completa do diálogo usado como prova pela PGR prejudica meu direito de ampla defesa. Por isso, preferi ficar em silêncio até que os documentos cheguem em meus advogados”, disse o parlamentar à coluna.
A Procuradoria, ainda segundo Maranhãozinho, deveria ter apresentado os documentos solicitados pelos seus advogados até o início desta semana, mas não fez. Josimar disse também que existem frases de diálogos soltas no processo sem ter as mensagens de antes da frase e a respostada dada após a frase destacada pela PGR.
Já o Pastor Gil respondeu aos questionamentos feitos na audiência do STF. Ele alegou inocência. Em sua fala, o parlamentar disse que não tinha qualquer contato com o agiota Pacovan (que foi assassinado em 2024) e que nunca estabeleceu qualquer tipo de diálogo com ele ou qualquer outra pessoa ligada ao agiota.
O deputado alegou que Pacovan buscava informações sobre liberação de emendas para tentar extorquir prefeitos usando ilegalmente nomes de parlamentares. “Isso ele não fez somente comigo ou Josimar. ele envolveu o nome de Hildo Rocha [deputado do MDB] e até do ex-senador Roberto Rocha”, disse Pastor Gil à coluna.
Josimar de Maranhãozinho aguarda agra os documentos para prestar depoimento e o Pastor Gil, o seu julgamento.
Vale lembrar que essa denúncia da PGR veio após a Polícia Federal investigar denúncia do então prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio, que disse que estava sendo pressionado e ameaçado para repassar 25% do valor de emendas que foram liberadas para o município em 2020.
As emendas foram direcionadas por Josimar, Pastor Gil e o então deputado de Sergipe, Bosco da Costa (PL).
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