Operação

Agentes da PF cumprem mandado de busca e apreensão na Assembleia Legislativa

Gabinete da deputada estadual Daniella foi alvo de ação de agentes da Polícia Federal na manhã desta terça-feira (19).

Ipolítica

Atualizada em 19/08/2025 às 10h56

SÃO LUÍS - Agentes da Polícia Federal (PF) cumprem mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (19), na Assembleia Legislativa do Maranhão. Trata-se de uma ação no bojo de uma operação desencadeada em seis municípios do estado, e que tem por objetivo alcançar suspeitos de desvios de mais de R$ 50 milhões de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

A informação preliminar é de que o gabinete da deputada Daniella (PSB) é alvo dos agentes da PF, na Assembleia. Eles buscam documentos e eletrônicos.

O Imirante tenta contato com a parlamentar para obter um posicionamento. A deputada, contudo, ainda não se pronunciou.

Daniella é casada com o ex-prefeito de Caxias, Fábio Gentil.

A operação desencadeada na manhã de hoje já resultou na apreensão de carros, joias, R$ 54 mil em espécie e um cheque de R$ 350 mil, nos municípios de Caxias, São Luís, São José do Ribamar, Buriti Bravo, Presidente Dutra, Joselândia, no Maranhão, e em Teresina, no Estado do Piauí.

Os mandados cumpridos envolvem pessoas físicas, pessoas jurídicas e servidores públicos nas cidades listadas. 

A ação faz parte da Operação Lei do Retorno, que visa o desmantelamento de organização criminosa responsável por desviar recursos do Fundeb, entre os anos de 2021 e 2025, por meio de procedimentos fraudulentos em licitações municipais, de acordo com a PF.

Joias apreendidas pela PF. (Foto: Divulgação/PF)

Durante as investigações, a Polícia Federal identificou que parte dos valores contratados com recursos do Fundeb eram retornados/devolvidos para os servidores públicos envolvidos nas fraudes. O núcleo investigado atuou na manipulação de procedimentos licitatórios, desvio de recursos públicos provenientes do Fundeb e apropriação de parte dos valores desviados pelos servidores públicos envolvidos no esquema criminoso.

Dinheiro em espécie e cheques apreendidos pela PF. (Foto: Divulgação/PF)

Os crimes apurados incluem, dentre outros, a formação de organização criminosa, corrupção ativa e/ou passiva, peculato, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro, cujas penas, se somadas, podem chegar até 52 anos de prisão. As investigações seguem em andamento.

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