SÃO LUÍS - Nesta quinta-feira (24), José Sarney, ex-presidente da República (1985–1990), completou 95 anos de vida. A data, além de marcar o aniversário de um dos nomes mais influentes da política brasileira, tornou-se um momento de reconhecimento e memória pela sua contribuição histórica à democracia do país.
A celebração aconteceu na Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB), em São Luís, em uma cerimônia que reuniu autoridades, amigos e familiares para homenagear a trajetória de Sarney. Um dos pontos altos do evento foi o lançamento do selo e do carimbo comemorativos pelos 40 anos da redemocratização. A imagem escolhida para o selo traz Sarney ao lado de Tancredo Neves, símbolo de um Brasil que, após anos de repressão, voltava a respirar liberdade e esperança.

A solenidade também marcou a abertura da exposição “Ecos da Democracia: fios de memória e resistência”, que resgata, por meio de documentos e imagens, o caminho da reconstrução democrática e os desafios vividos por quem lutou por um país mais justo.
O evento contou com a presença de diversas lideranças políticas e representantes institucionais, entre eles o governador do Maranhão, Carlos Brandão; os deputados federais Juscelino Filho e Roseana Sarney, filha do presidente José Sarney; o ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas; o governador do Pará, Helder Barbalho; a presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Iracema do Vale; além de representantes dos Correios, do Ministério das Comunicações, do Tribunal de Justiça do Estado e da própria Fundação.
Memórias
Logo no início da cerimônia, um vídeo emocionou os presentes ao relembrar os tempos difíceis da Ditadura Militar, os ecos da censura e a importância do papel de Sarney na condução pacífica e democrática da transição. Juscelino Filho, que abriu os discursos, ressaltou a responsabilidade de cada brasileiro em defender os direitos fundamentais e destacou a atuação de Sarney na promoção do diálogo, da cultura e dos direitos humanos.
O governador Carlos Brandão classificou a noite como histórica. “Hoje celebramos não apenas os 95 anos de vida de José Sarney, mas os 40 anos de um marco essencial da nossa história: a redemocratização do Brasil. Falar de Sarney é falar de uma presença constante nas grandes decisões do país nas últimas seis décadas”, afirmou.
Visivelmente emocionado, José Sarney agradeceu as homenagens com a voz carregada de gratidão. Relembrou a amizade e a importância de Tancredo Neves naquele momento decisivo para o país, e saudou os presentes com seu tradicional “Brasileiros e brasileiras” — uma marca de sua passagem pela Presidência da República. “Falo com o coração cheio de emoção e gratidão, porque a gratidão é a memória do coração. Essa homenagem tem um valor especial porque vem da minha terra, do meu povo, do meu chão”, declarou.
Sarney também destacou o papel da Fundação da Memória Republicana como um espaço essencial para a preservação da história e para o acesso de pesquisadores a documentos e registros do período em que esteve à frente do governo.
Mais do que uma celebração de aniversário, a data foi um tributo à memória viva de um homem que ajudou a escrever capítulos importantes da história brasileira — e que, aos 95 anos, segue sendo lembrado com respeito, carinho e reverência.
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