Um Resumo da Audiência Pública sobre Terminal de Regaseificação de GNL em São Luís
A cidade de São Luís, no Maranhão, sediou uma audiência pública para discutir um projeto de um terminal desse tipo.
Antes de tudo, vamos entender o que é um Terminal de Regaseificação de GNL. Simplificando, é uma instalação que recebe grandes navios carregados de gás natural liquefeito (GNL). Esse gás, que é transportado em estado líquido para economizar espaço, chega ao terminal e é transformado novamente em gás. Esse gás natural pode então ser distribuído para diversos fins, como geração de energia elétrica e uso industrial, ou seja, um substituto bem menos poluente do que a queima de óleo, diesel, gasolina e carvão mineral.
A cidade de São Luís, no Maranhão, sediou uma audiência pública para discutir um projeto de um terminal desse tipo. A audiência foi organizada e conduzida pelo IBAMA com objetivo de apresentar o projeto à comunidade, ouvir suas opiniões e esclarecer dúvidas. O empreendimento do Terminal Privado de Regaseificação de GNL de São Luís, tem como proposta a implantação em uma área de mar e terra. No mar abrangerá uma área de 16 hectares para instalação do píer de atracação, tipo ilha, que ficará aproximadamente a 1 km da costa, onde ficará atracado um navio adaptado permanentemente para receber o gás natural liquefeito e transforma-lo novamente para à forma gasosa, que seguirá por gasodutos subaquáticos para uma área em terra de 4 hectares, que terá uma estação central de manipulação (city gate), onde fará a conexão aos gasodutos da GASMAR (Companhia Maranhense de Gás), que é a única autorizada pela distribuição de gás na região e de responsabilidade do governo do Estado do Maranhão.
Na audiência, a comunidade, movimentos sociais e representantes acadêmicos fizeram diversas perguntas sobre o projeto, expressando suas preocupações e expectativas. Foram abordados os Impactos Ambientais através de estudos que avaliaram os possíveis impactos do terminal no meio ambiente, como a fauna marinha e a qualidade da água. Listaram os Benefícios Econômicos que poderão gerar empregos, renda, atrair capital e novas indústrias para a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) e consequentemente aumentar a arrecadação de impostos. Explicaram os Impactos Sociais do projeto que prevê nenhum deslocamento de moradores para a sua implantação, os benefícios para a comunidade local, como a melhoria da infraestrutura, qualificação de mão de obra, desenvolvimento econômico através de empregos diretos e indiretos.
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Entretanto, a audiência acabou tomando um rumo diferente do esperado. Em vez de se concentrar nos aspectos técnicos e ambientais do projeto, a discussão se desviou para questões políticas e sociais mais amplas. Alguns participantes aproveitaram a oportunidade para criticar o governo estadual e outras empresas, em vez de focar no projeto em si. A comunidade local até questionou por que nunca havia recebido anteriormente a atenção e os investimentos em infraestrutura, como escolas, postos de saúde e policiais, inclusive do apoio dos movimentos sociais e representantes acadêmicos. Mediante a situação, levantei uma questão, se o empreendedor do projeto poderia auxiliar e apoiar demanda das comunidades perante o poder público. E a empresa responsável pelo projeto respondeu que se compromete de acordo com a legislação, a auxiliar e intermediar a comunidade a obter benefícios necessários de infraestrutura e serviços sociais, caso o terminal seja aprovado.
É fundamental que haja um diálogo mais transparente e harmonioso entre a comunidade, empresa e governo, para que todos os pontos de vista sejam considerados e avaliados. As discussões sobre um projeto como esse devem se concentrar nos impactos sociais, ambientais e econômicos, evitando desviar para questões políticas. É importante que todos os envolvidos se comprometam com o desenvolvimento sustentável da região.
Em resumo, a audiência pública sobre o Terminal de Regaseificação de GNL em São Luís foi uma oportunidade importante para discutir um projeto de grande impacto para a região. No entanto, a discussão acabou sendo marcada por desvios e falta de foco. É fundamental que as próximas etapas do processo sejam conduzidas de forma mais objetiva, com direcionamento de encontrar soluções que beneficiem a todos, mediante a todas as legislações vigentes.
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