MARANHÃO - Foi transferido para São Luís, nesta quarta-feira (14), o terceiro suspeito preso pelo homicídio de Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como Pacovan, que aconteceu em junho, em Zé Doca, região do Alto Turi.
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O suspeito foi preso em Juazeiro do Norte (CE) no último dia 8. Contra ele, havia um mandado de prisão temporária. A prisão foi efetuada em ação conjunta da Polícia Civil do Maranhão, por meio Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), e Polícia Civil do Ceará.
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Maurício Martins, secretário da Segurança Pública, disse que a prisão do suspeito e a transferência dele para o Maranhão representam um avanço nas investigações. "Com a prisão de um terceiro suspeito no Ceará, que já foi trazido para o Maranhão, avançamos mais um passo na investigação da morte de Pacovan. A presença dele aqui facilitará a condução dos próximos procedimentos. Seguiremos trabalhando firme para a elucidação desse caso”.
“A Polícia Civil segue forte no sentido de dar respostas à sociedade sobre esse crime. A prisão de mais um suspeito reflete o compromisso que temos quanto à elucidação do caso. Vamos seguir intensificando as investigações para que possamos chegar a outros suspeitos de participação direta e indireta no crime”, completou o delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Manoel Almeida Neto.
O homem detido e transferido para o Maranhão é natural de Juazeiro do Norte, onde possui uma empresa especializada em manutenção de veículos. O primeiro suspeito preso também tem familiares na região. Os policiais chegaram até ele com o apoio do serviço de Inteligência, após o suspeito ameaçar testemunhas por meio de ligação telefônica.
“Três dias após o crime, uma testemunha recebeu ligação telefônica ameaçadora de um dos envolvidos dizendo que sabia onde ele morava e recomendou que a pessoa ficasse calada, pois, ao contrário, poderia acontecer algo com a sua família. Essa ligação foi feita de um número privado. Com o apoio da inteligência da Polícia Civil, descobrimos que o número pertencia a esse indivíduo de Juazeiro do Norte que tinha relação com o primeiro preso”, elencou o delegado George Marques, titular da SHPP.
Conforme Jeffrey Furtado, delegado à frente do caso, desde que foi preso, o suspeito apresentou várias versões sobre sua ligação com o outro envolvido, também preso, e sobre o crime em si.
“Quando foi ouvido pela Polícia Civil do Ceará e mesmo durante a viagem, o suspeito apresentou versões diferentes dos fatos. Assim, nesta quarta ainda ele será interrogado sobre sua participação no crime, para avançarmos com a investigação”, destacou lembrando que, após a oitiva, o indivíduo será levado para o Complexo Penitenciário São Luís, em Pedrinhas, onde os outros dois suspeitos também estão presos.
O homem foi preso mediante mandado de prisão temporária, que tem validade de 30 dias. A prisão dele, no entanto, pode ser prorrogada ou convertida em preventiva conforme a análise de novos elementos.
Relembre
No dia 10 de julho, a Polícia Civil do Maranhão prendeu um casal por suposto envolvimento no assassinato do empresário Josival Cavalcanti da Silva. A mulher é ex-sócia de Pacovan. A prisão foi efetuada em um hotel localizado na Avenida Litorânea, em São Luís.
O caso
Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como Pacovan, foi assassinado a tiros no dia 14 de junho deste ano. Ele estava na conveniência de um posto de combustíveis de sua propriedade, em Zé Doca, quando dois homens em um veículo modelo Siena, de cor preta, realizam disparos de arma de fogo contra ele, que foi a óbito no local. Um funcionário também foi ferido durante a ação criminosa.
Após o crime, os bandidos incendiaram o carro que foi usado na ação. O veículo foi encontrado em uma estrada vicinal do município onde o crime ocorreu. De acordo com a polícia, um outro carro, modelo Hilux, também de cor preta, fez o resgate dos criminosos. Os dois veículos foram comprados pelo companheiro da ex-sócia de Pacovan.
Segundo a Polícia Civil do Maranhão, o crime teria sido motivado por um desvio de dinheiro cometido pela ex-sócia do empresário. Ele teria descoberto a irregularidade e estava exigindo a devolução dos valores. A vítima foi assassinada no dia em que deveria descontar um dos 12 cheques no valor de R$ 150 mil cada que ela teria oferecido como pagamento. O montante total do desvio é estimado em cerca de R$ 3 milhões.
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