Cassação de mandato

Wellington do Curso faz apelo à Justiça Eleitoral em discurso na Assembleia

Deputado deve perder o mandato depois de o PSC ter sido acusado de fraudar a cota de gênero no pleito de 2022.

Ronaldo Rocha / Ipolítica

Wellington do Curso fez um apelo à Justiça Eleitoral (Agência Assembleia)

SÃO LUÍS - O deputado estadual Wellington do Curso (Novo) fez um forte discurso na tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (9) a respeito do processo que tramita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MA) e que resultar na cassação de seu mandato e do mandato do deputado Fernando Braide (PSD).

Tanto Wellington, quanto Braide foram eleitos em 2022 pelo PSC, partido alvo de ações por suposta fraude na cota de gênero, quando as vagas reservadas para candidaturas de pessoas do sexo feminino não são respeitadas. 

O julgamento do processo no TRE/MA será retomado depois de um pedido de vista. Apesar disso, a maioria do pleno daquele tribunal já confirmou voto favorável à condenação do partido, e consequentemente, da cassação de mandato dos dois deputados.

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Wellington afirma que chegou ao PSC no último dia de filiação, e por esse motivo não participou da montagem de chapa, muito menos de uma tentativa de fraude à cota de gênero. 

Ele afirmou que perder o mandato é uma injustiça. “E eu peço a benevolência a complacência e o bom senso da Justiça Eleitoral. Nós não cometemos crime. É uma injustiça muito grande. Nós não cometemos crime. Deputado Fernando Braide, Deputado Wellington do Curso, eu, em particular, não cometi nenhum crime. Eu cheguei no partido, filiado ao partido no último dia de filiação. Não filiei nenhuma mulher, não coloquei nenhuma mulher para ser laranja. Eu fui para um partido sério, o PSC, presidido pelo deputado Federal Aluísio Mendes, partido sério. Não cometemos nenhum tipo de ilícito, nenhum crime, nenhuma fraude, não tinha candidaturas laranjas”, disse.

Ele destacou a manifestação do Ministério Público Eleitoral, que opinou contra a possível fraude eleitoral.

“E esse reconhecimento é feito pelo Relator do processo, o desembargador Gonçalo. É feito pelo reconhecimento do Ministério Público. O Ministério Público não reconheceu fraude, não detectou nenhum crime, não foram utilizadas candidaturas laranjas. Nenhuma candidatura feminina estava lá para receber o dinheiro e para devolver o dinheiro, não estava lá simplesmente para cumprir meta de cota. Então eu solicito ao TRE do Estado do Maranhão, a nossa corte que tenha benevolência, que tenha complacência, que tenha bom senso”, completou.

 Wellington afirmou que chegou à política sem padrinho e que se elegeu de forma limpa. Ele assegurou que vai lutar “com todas as suas forças” pela manutenção de mandato.

"É muita injustiça retirar o mandato de um deputado atuante, de um deputado que nunca faltou, de um deputado que nunca chegou atrasado, de um deputado que defende a população do estado do Maranhão e, repito,
que não cometeu nenhum crime. Não cometemos nenhum ilícito. Vou lutar com todas as minhas forças  e em todas as instâncias", finalizou.

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