SÃO LUÍS - O navio mercante Forte de São Felipe, que tem bandeira brasileira e conta com 229 metros de comprimento, continua encalhado no litoral de São Luís e não há previsão para retirada da embarcação do local. Após duas tentativas fracassadas para retirar o navio da lama, uma empresa privada deve apresentar um plano para desencalhar o cargueiro, que está em um canal de propriedade privada que dá acesso ao porto da empresa Alumar desde a manhã do último sábado (17).
De acordo com a Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA), o navio Forte de São Felipe só poderá ser retirado do canal após a Empresa de Navegação Elcano SA, proprietária da embarcação, apresentar um plano de desencalhe que deverá contar com licenças ambientais e aprovação da Marinha.
"Ressaltamos que a manobra de desencalhe do navio somente será autorizada após a aprovação do plano pela Marinha e obtenção de licenças, pelo armador (dono) da embarcação, junto aos órgãos ambientais competentes, conforme preconizado nas Normas de Autoridade Marítima (NORMAM-221/DPC)", diz a Capitania dos Portos, em nota enviada ao g1 MA.
A Capitania dos Portos revelou ainda que continua acompanhando a situação do navio Forte de São Felipe e que considera fundamental um planejamento criterioso, que garanta a segurança da navegação e previna a poluição hídrica.
Até o momento, as autoridades portuárias ainda não descobriram as circunstâncias e os responsáveis pelas falhas que causaram o encalhe do navio Forte de São Felipe. O resultado do inquérito sai em 90 dias.
A Alumar, proprietária do porto onde o navio Forte de São Felipe iria atracar, informou que a operação para liberação do canal de navegação e reflutuação do navio está em andamento. Além disso, a Alumar ressaltou que não há danos ambientais.
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Navio encalhado em São Luís
O navio mercante Forte de São Felipe saiu do Porto de Juruti, no Pará, com destino ao porto da Alumar, em São Luís, mas encalhou no canal de propriedade privada na manhã de sábado (17). Desde então, rebocadores estão trabalhando no desencalhe da embarcação.
O Forte de São Felipe está carregado com 22 mil toneladas de bauxita, um mineral utilizado na obtenção de alumínio. Pescadores da região estão preocupados com possíveis vazamentos do mineral, o que afetaria diretamente a obtenção de alimentos, mas a Capitania dos Portos afirma que não há risco de vazamentos da carga ou danos estruturais no navio até o momento.
Por causa da situação da embarcação, foi divulgado um "aviso aos navegantes", que informa a posição do navio Forte de São Felipe no mar para evitar riscos na área. Os tripulantes estão sendo assistidos pela Capitania dos Portos e passam bem.
O navio mercante pertence à Empresa de Navegação Elcano SA, que opera desde 2012. Por meio de nota, a empresa informou que todas as medidas estão sendo tomadas para que a situação seja normalizada. Leia, abaixo, a íntegra da nota:
"Na tarde deste sábado (17), um de nossos navios, o Forte de São Felipe, encalhou na entrada do canal de acesso ao terminal de uso privado da Alumar, em São Luis (MA). O prático estava a bordo no momento do encalhe, e todas as medidas estão sendo tomadas para que a situação seja normalizada. Ressaltamos que o encalhe não apresenta risco para o meio ambiente e a comunidade. A tripulação e a estrutura do navio se encontram estáveis e em condições normais de operação. O ocorrido não impede o tráfego no canal. Estamos trabalhando para liberar a embarcação o mais rápido possível, com todas as medidas de segurança cabíveis, e reafirmamos o nosso compromisso com os tripulantes, a comunidade local, o meio ambiente e a segurança da navegação".
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