Expo Indústria Maranhão

"Precisamos estar atento às mudanças do mundo o tempo inteiro", diz Guga Stocco na Expo Indústria

A transformação da mentalidade é uma necessidade da economia brasileira, segundo palestrante do espaço Plenarium

Publipost/Fiema

Atualizada em 14/12/2023 às 15h51
Guga Stocco na Expo Indústria Maranhão. (Divulgação)

SÃO LUÍS - Um dos grandes nomes da inteligência de negócios do Brasil hoje, o consultor e empresário Guga Stocco foi a atração da noite do sábado (11) no espaço Plenarium na Expo Indústria Maranhão. A feira, realizada pelo Sistema FIEMA (SESI, SENAI, IEL e Federação), com correalização do SEBRAE e Governo do Maranhão encerra neste domingo (12) no Multicenter Negócios e Eventos (Cohafuma).  

O palestrante foi enfático: “Precisamos aprender a pensar de forma correta para criar coisas novas no mundo dos negócios”. Um visionário da administração, Guga Stocco é co-fundador da Futurum.Capital, um fundo de venture capital de alta tecnologia e fundador do movimento Hack the Future. Seus principais esforços atualmente têm objetivo de transformar a sociedade através de quatro cinco áreas do conhecimento, ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática.  

Em sua palestra “Inovação como vantagem competitiva”, ele esboçou caminhos sobre como os brasileiros podem começar a tirar as amarras do passado e começar a se preparar com a performance do futuro. Conforme o consultor, este caminho começa e termina com a educação. “Se nós conseguimos pensar da forma correta, não vamos cair em erros. Depois de pensarmos assim, é que podemos falar sobre tecnologias. Com a inteligência apurada podemos tratar de tecnologias e saber como funcionam para nos ajudar. Por isso a importância de se viver um life long learning, de aprender mais sobre ciência, aprender mais sobre tecnologia e por aí vai”, disse. 

Segundo o palestrante, as coisas que foram aprendidas no passado ainda se mantêm enraizadas e impedem o ser humano de crescer e evoluir, principalmente no Brasil.  “Muita coisa tem de mudar. Por isso, gosto de iniciar minhas palestras com uma palavra: ‘Awake’, que significa estar atento para a mudança e como ela pode impactar o nosso dia a dia. Precisamos estar atentos às mudanças do mundo o tempo inteiro”, comentou ele, que deu exemplos de como tem utilizado a inteligência artificial para descobrir de que forma ela pode modificar o modo como o ser humano tem vivido. 

Mudança de visão

No mundo da indústria, Guga Stocco não tem dúvidas de que são muitos os processos que devem ser alterados. “Temos de mudar a nossa forma de pensar pois estamos em uma mudança de século, mas hoje as empresas travam a inteligência de seus funcionários porque se baseiam em processos de linha de produção do século passado. A própria escola reproduz a linha de produção e cheia de processos engessados. A memória e o decoreba são entraves da inteligência. Com isso aprendemos a não ser criativos e aprendemos que não se pode errar. Isso impede que você crie algo novo. Não aprendemos criatividade”, criticou o consultor. 

A palestra do empresário foi totalmente interativa, usando vídeos, dados e informações atualizadas. Um dos casos analisados foi o teste feito por Elon Musk em que ele convidou um homem para jogar pedras no vidro de um modelo do Tesla e disse que não haveria de quebrar. Para o suposto vexame de Musk, o vidro do automóvel não aguentou e trincou. “Aquele vexame foi uma oportunidade de inovação. Elon Musk não se deu por vencido. Tirou uma foto do vidro, transformou numa camisa, melhorou seu produto e criou uma janela de vidro inquebrável para seu carro”, contou ele. 

Life long learning

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Outro tópico tratado por Stocco foi a necessidade de quebrar paradigmas para inovar. Segundo ele, uma faculdade, uma pós-graduação não são suficientes para se formar um bom profissional. “Este processo de aprendizagem se torna cada vez mais obsoleto. É preciso seguir o life long learning. Se você tem medo de errar, não tem como aprender. Tem de errar, corrigir e aprender com tudo isso. 90% dos seus pensamentos de ontem são os mesmos de hoje. Como criar coisas novas se você pensa sempre a mesma coisa? São os vieses, vícios para pensar mais rápido, formas de simplificação, que estão ligados à nossa necessidade de padronização e sobrevivência”, provocou o consultor. 

O último momento de sua palestra foi dedicado ao desenvolvimento do mercado da informação e dos dados com a inteligência artificial. “Os dados hoje são o novo petróleo e a inteligência artificial é a nova energia elétrica. Coletar dados para transformar em informação é o primeiro passo. O que a inteligência artificial faz é produzir uma transação, que permite que uma empresa tire vantagem. Trata-se de um novo mercado que se apresenta hoje. As empresas pegam os dados dos consumidores e os utilizam para fazer negócio com outras empresas. Por meio de vendas, elas pegam as informações para garantir mais lucro em transações. Caso da Shein que usa seu sistema para economizar para vender mais barato. 

A palestra apresentou a evolução da tecnologia de Guttemberg à Inteligência Artificial e ao desenvolvimento de novos meios de produção de tecnologia, como a Large Language Models, Redes Neurais e os Agentes Digitais. O público encheu o auditório Terezinha Jansen no Multicenter Negócios e Eventos. Depois da comunicação, foi aberta a participação por meio de perguntas e muitos lançaram questionamentos ao especialista em inovação e resolução de problemas. 

Participação

Um deles foi Gabriel Nodosa, que comentou que hoje são muitos os que buscam modos de inovação. Formado em biblioteconomia, ele lançou recentemente com os amigos uma startup que trabalha com educação financeira. Sua principal questão foi: “Guga, qualquer pessoa pode inovar ou o mundo está se fechando para quem está se formando em área mais tecnológica?”. A resposta de Guga Stocco foi surpreendente: “Cara, eu gosto de separar inovação e tecnologia, porque ela é apenas uma ferramenta para você inovar, mas a inovação não é tecnologia. É possível inovar de diferentes formas. Às vezes, a inovação mais básica é aquela que traz um resultado gigante. Para isso, você precisa observar como as pessoas usam um produto e como você melhora algo para que elas”, analisou. 

Ao fim da palestra, Guga Stocco recebeu uma lembrança por sua participação na Expo Indústria. O presente foi entregue pelo vice-presidente executivo da FIEMA, Benedito Mendes, e pela coordenadora geral do IEL,  Michele Frota. 

A feira tem o patrocínio de: Aço Verde do Brasil (AVB), Apex Brasil, Agência Espacial Brasileira (AEB), Alumar, Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Bumba Alimentos, Caixa, Cimento Bravo, Da Casa, Massa e forno, Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap)/ Porto do Itaqui, Eneva, Grupo Equatorial Energia, Equatorial Telecom, Enova, Echoenergia, Sistema Fecomércio, Prefeitura de São Luís, Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), Suzano, Vale e VLI. Para conhecer a programação e se inscrever, acesse o site expoindustriama.com.br

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