SÃO LUÍS - A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) informou que o jovem Alison David Barbosa da Cruz, de 20 anos, morreu a mando de uma facção criminosa apenas por 'ser morador de outro bairro'. Alison desapareceu no bairro São Raimundo, em São Luís.
Alison David tinha diagnóstico de autismo, retardo mental e fobia social. Na noite do dia 6 de setembro, ele tinha saído de casa com dois irmãos para a Expoema, mas, na volta pra casa, ele se perdeu dos familiares e desapareceu no bairro São Raimundo.
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Segundo as investigações, Alison só foi encontrado quase dois dias depois, morto e com sinais de tortura, no bairro São Raimundo.
De acordo com a polícia, ao se perder dos irmãos, Alison Davi teria se deparado com membros de facção criminosa. Ao descobrirem que Alison era de 'um outro bairro', que seria de uma facção rival, o jovem acabou sentenciado à morte, mesmo nunca tendo histórico de crimes ou participado de organização criminosa.
O delegado George Marques, da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa, informou ainda que as investigações continuam no intuito de encontrar quem cometeu o assassinato, mas até agora ninguém foi preso.
Familiares de Alison revoltados com o caso
Adrielle Barbosa, irmã de Alison, estava com Alison antes dele desaparecer. Ela conta que tinha saído com o irmão para passear, mas em determinado momento ele se separou dos familiares.
"Ele estava inquieto e decidimos levar ele pra Expoema, para brincar no parque. Na volta, fomos a uma pizzaria e comemos. Quando estávamos em uma rua, voltando pra casa, ele foi andando na frente. A gente sempre olhando ele. Porém, de repente, ele começou a acelerar os passos e dobrou em um canto. Depois disso, ele desapareceu. A gente foi procurar e não encontrou de jeito nenhum", disse Adrielle.
Após o desaparecimento, Alison foi procurado por todo o bairro do São Raimundo durante a noite, mas ele só foi encontrado na sexta-feira (8), em uma área de matagal, com vários ferimentos e sinais de tortura.
"Quando ele desapareceu, a gente começou a divulgar as fotos, ligamos por 190, fizemos o boletim de ocorrência, e nada. Eles [policiais] não vieram. De manhã, ficamos sabendo que tinha um corpo jogado perto de um muro. Quando chegamos, lá estava ele, todo machucado. Foram pauladas", conta Adrielle.
A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) segue investigando o caso, mas os familiares de Alison estão revoltados, cobram respostas e uma agilidade na prisão dos criminosos.
"Era uma pessoa com deficiência mental que não fazia mal pra ninguém, só saía com a gente. A minha maior revolta é que ligamos para polícia. Mais de três pessoas ligaram e não tivemos resposta, até encontrar ele morto. A polícia só veio aparecer na sexta-feira", desabafa a irmã de Alison.
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