SÃO LUÍS - A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-MA) informou que em seis meses, 112 assaltos a motoristas por aplicativo foram registrados em São Luís. Nos primeiros cinco meses do ano, 12 motoristas foram sequestrados.
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De janeiro a junho, entre os suspeitos de praticar esse tipo de crime, somente 13 pessoas foram presas, dentre elas, as pessoas que solicitavam as corridas para os criminosos.
"Eles praticam vários assaltos. Assim que se pega no primeiro, você consegue pegar e ir puxando outros crimes cometidos anteriormente e, vai se indiciando por esses delitos. O delegado responsável de plantão vai pedir o mandado de prisão por esses novos casos. O número de assaltantes não é o mesmo de assaltos, uma pessoa pode fazer vários assaltos pela capital", explica Lúcio Reis, delegado-geral de operacional da Polícia Civil.
Os assaltos ocorrem sempre de modo parecido. Uma pessoa solicita a viagem, quase sempre uma mulher e em seguida, os motoristas são surpreendidos.
De acordo com a Associação dos Motoristas por Aplicativo, em média, acontecem três assaltos por dia na Região Metropolitana de São Luís.
Um dos casos mais recentes viralizou e chocou a população devido a violência dos criminosos. A ação foi toda registrada por câmeras de segurança que estava instalada no veículo. O caso aconteceu em julho em São Luís.
O motorista foi rendido com uma faca e em seguida, foi colocado no porta-malas do carro. Um dos suspeitos do crime foi preso dias após.
Traumatizado com a violência, um motorista de aplicativo conta que foi vítima de um assalto há um ano. Com medo, ele não consegue nem mostrar o rosto.
"Ao finalizar a corrida, ali no Iate Clube, ele anunciou o assalto já puxando uma arma branca. Eu de imediato tirei a chave de ignição e evacuei do veículo, tomei distância. Sendo que eles ainda correram atrás de mim", disse o motorista.
Os assaltantes eram Paulo Ricardo Rodrigues e Erick David Deus Gomes. Paulo já tem passagem pela polícia e ambos, foram presos pela Polícia Militar do Maranhão.
"Os individuos tentaram perseguir o motorista de aplicativo, mas viram que não iam alcançar ele. Então, eles retornaram com o intuito de levar o carro, mas perceberam que o veículo não estava com a chave na ignição", explicou o tenente Jorge Carvalho, do Batalhão de Turismo PMMA.
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