BRASIL - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou pública na sexta-feira (16) a análise da Polícia Federal sobre o conteúdo do celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Cid está preso desde maio em uma operação que apura suposta fraude em registros de vacina para favorecer o ex-presidente.
Registros encontrados no aparelho mencionam cinco militares em diálogos sobre atos e movimentos contra a democracia, em uma tentativa de manter Bolsonaro no poder. Um deles foi transferido para a reserva em abril deste ano.
Entre os militares citados estão: coronel Jean Lawand Junior, general Édson Skora Rosty, tenente-coronel Marcelino Haddad, major Fabiano da Silva Carvalho e sargento Luis Marcos dos Reis.
CPMI do 8/01
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A senadora Eliziane Gama (PSD), relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, protocolou na sexta-feira, 16, um pedido de convocação de Jean Lawand Junior, coronel do Exército citado por reportagem da Veja em conversas mantidas com Mauro Cid, em trocas de mensagens em rede social em que o coronel sugeriu um golpe de estado.
De acordo com a publicação, Jean Lawand Júnior mandou mensagens a Cid com o objetivo de persuadi-lo a convencer o ex-presidente Jair Bolsonaro a dar ignição a um plano de golpe de Estado no dia 8 de janeiro. Lawand é coronel de artilharia do Exército e frequentou a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Rio de Janeiro, a mesma em que o ex-presidente Jair Bolsonaro se graduou.
Nas mensagens, militar do Exército pede ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro que o ex-presidente “salve o país” e para que ele “pelo amor de Deus faça alguma coisa”. Lawand também clama para que o ex-presidente convoque intervenção das Forças Armadas e avisa ao ajudante que Bolsonaro seria preso e cumpriria pena na Papuda, presídio do Rio de Janeiro, se não fizesse nada.
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