SÃO LUÍS - Três deputados do Maranhão, membros do Partido Liberal (PL), podem ser punidos pela direção da sigla por haver votado a favor da aprovação da Medida Provisória (MP) da reestruturação ministerial na quarta-feira (31).
Pressionado pela ala bolsonarista, o presidente do partido, Valdemar da Costa Neto, afirmou que haverá punições, o que visa evitar dissidências em novas votações que possam favorecer o governo Lula (PT). A informação é do Valor Econômico.
Estão na mira, os quatro liberais do do Maranhão: pastor Gil, Junior Lourenço, Josimar Maranhãozinho e Detinha.
Segundo a reportagem, a cúpula do PL decidiu que esses ficarão suspensos por três meses das funções na Câmara. Nesse período, não poderão participar das comissões, por exemplo.
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No dia da votação, após pressão dos bolsonaristas, Valdemar avisou pelas redes sociais que o partido “fechou questão” contra a MP, aprovada à noite por 337 votos a 125.
Pelas redes sociais, o líder da oposição, deputado Carlos Jordy (PL-RJ), publicou a lista dos deputados do PL que votaram a favor da MP ou se abstiveram. “Conversei com o presidente Valdemar e todos serão punidos”, afirmou. Valdemar disse, por meio de sua assessoria, que está estudando o estatuto do partido para decidir as punições, “mas elas virão”.
Na hora da votação, na quarta-feira, o deputado cabo Gilberto Silva (PL-PB), vice-líder da oposição, reforçou a posição nos microfones. “Lembro que o partido fechou questão: todos têm que votar não”, disse.
Ao Valor Econômico, ele afirmou que entende a posição dos deputados do Maranhão, “que sempre votam com o governo Lula”, mas que a direção do partido decidirá as punições. “Claro que a gente respeita cada deputado do PL da forma que chegou. Tem alguns que não foram eleitos com votos do Bolsonaro, como eu fui. Porém, o partido fechou questão. Obviamente todos teriam que seguir a orientação partidária”, destacou.
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