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TCU fará diligências na Prefeitura de São Luís devido a contrato emergencial

Gestão municipal contratou empresa por R$ 51 milhões para fornecimento de merenda escolar para as crianças da rede de ensino da capital.

Ipolítica

Professores da rede municipal de ensino de São Luís denunciaram, no início do ano letivo, merenda nas escolas da zona rural (Reprodução/redes sociais)

SÃO LUÍS - O Tribunal de Contas da União (TCU) fará diligências na Prefeitura de São Luís. A decisão é do ministro Jhonatan de Jesus e o motivo é um contrato emergencial para fornecimento de merenda escolar na rede municipal de ensino.

Além das diligências, haverá oitivas também. A determinação do tribunal veio após representação do deputado federal Duarte Júnior (PSB) que diz que o contrato é irregular por não haver emergência que justifique a contratação sem licitação. A representação diz também que um dos sócios da emrpesa RC Nutry Alimentação está proibido de contratar com o poder público.

O ministro, no entanto, não acolheu o pedido de medida cautelar suspendendo o contrato. “Conheço da representação, satisfeitos os requisitos de admissibilidade, considero não aplicável a adoção da medida cautelar neste momento processual, tendo em vista a inexistência dos elementos necessários para sua expedição, e autorizo a realização das diligências e oitivas propostas e a solicitação de comentários dos gestores, conforme disposto no art. 14 da Resolução TCU 315/2020, nos termos propostos pela unidade técnica em sua instrução”, diz o ministro Jhonatan de Jesus.

O contrato feito pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) é de mais de R$ 51 milhões. Deste total, cerca de R$ 1,5 milhão é oriundo do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Se constada a irregularidade no contrato, os técnicos do TCU recomendam a suspensão do repasse dos recursos federais.

Assim que as diligências forem feitas, se saberá se há problemas com este contrato ou não. Mas, mesmo sem irregularidades, a boa gestão pública deve obedecer as normas para o uso dos recursos públicos. 

Um contrato deste tamanho e tão importante como este (trata da alimentação de crianças na escola que tem rigor higiênico e nutricional) deveria de fato ser feito com licitação como prevê a legislação.

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Relembrar

Vale lembrar que, neste ano, professores da rede municipal de ensino denunciaram que em escolas da zona rural de São Luís estavam fornecendo frango com farinha para crianças de 3 a 5 anos.

Na ocasião, a Semed emitiu nota dizendo que apuraria a situação para saber o que houve.

Até o momento, a Prefeitura de São Luís não disse se completou a apuração e, se concluiu, o que ocorreu para que aquele tipo de alimento fosse fornecido para crianças tão pequenas.

 

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