Apontou incoerência

Wellington critica movimento de sindicato de professores contra o governo

Wellington do Curso (PSC) apontou incoerência do Sinproesemma.

Gilberto Léda/Ipolítica

Atualizada em 09/02/2023 às 16h23
Poucos professores participaram de movimento do Sinproesemma (Reprodução/Sinproesemma)

SÃO LUÍS - O deputado estadual Wellington do Curso (PSC) fez nesta quinta-feira (9) duras críticas ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Estado do Maranhão (Sinproesemma) em virtude de um movimento que tem sido gestado entre a categoria para pressionar o Governo do Maranhão a reajustar em 14,95% seus salários, de acordo com o piso estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC).

Na última terça-feira (7), alguns professores ensaiaram uma passeata pelo Centro de São Luís para pressionar a gestão estadual.

Segundo o parlamentar, o movimento soa incoerente porque recentemente, ainda no governo Jair Bolsonaro (PL), foi concedido um reajuste do piso da ordem de 33,24%, mas o mesmo sindicato não teria se mobilizado da mesma forma. O governador, na ocasião, era o hoje senador e ministro da Justiça Flávio Dino (PSB).

“Existe o piso nacional que reajusta para 2023 em 14,95% o salário dos professores do estado do Maranhão, e já apresentamos o requerimento ao excelentíssimo governador Carlos Brandão solicitando que ele possa conceder o reajuste 14,95% aos professores do Estado do Maranhão. Mas causou-me estranheza as lideranças do sindicato do Sinproesemma que, de forma pelega, omissa, na gestão do ex-governador Flávio Dino, agora faz manifestação sem ter nenhum diálogo ainda com o governador Brandão. Eu peço que o sindicato tenha, no mínimo, decência, complacência e possa cobrar o reajuste anterior e admitir por que é que não cobrou do ex-governador Flávio digo. Professor e deputado Wellington cobrou do ex-governador Flávio Dino e já começa a solicitar ao governador Brandão o reajuste de 14,95% aos professores do estado do Maranhão”, destacou.

Em entrevista ao Imirante, o parlamentar disse haver percebido “uma mudança de postura que nos causou estranheza” por parte do Sinproesemma.

“Agora, esse reajuste é bem inferior [ao concedido na gestão Bolsonaro] e já começa a fazer manifestação, já começa a fazer movimento, inclusive falando de paralisação, de greve, e isso me causou estranheza. Por que não fizeram isso em oito anos do governador Flávio Dino e, agora, com menos de 60 dias do atual governador, Carlos Brandão, estão fazendo? Quem está por trás disso? Quem está orquestrando isso?”, completou. Para ele, tem faltado diálogo.

Deliberação - Publicação o site do sindicato aponta que o presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira, anunciou a convocação de uma Assembleia Geral para a categoria deliberar sobre os rumos do movimento.

“O Sinproesemma irá publicar o edital de convocação para iniciarmos as nossas Assembleias Gerais em todo o Estado. Todos juntos, iremos decidir qual o caminho que vamos traçar rumo à garantia dos nossos direitos. Não vamos abrir mão do que é nosso e se o governo quiser pagar para ver, vai encontrar uma categoria firme, unidade e mobilizada. Vamos em busca do nosso reajuste e da valorização dos nossos profissionais. Já está mais do que na hora do governo sair desse discurso bonito e valorizar os educadores e a educação na prática”, declarou Oliveira.

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