SÃO LUÍS - Membros da bancada do Maranhão no Congresso Nacional falaram ao Imirante sobre as manifestações que estão sendo feitas em várias rodovias do Brasil. Deputado e senadores maranhenses ouvidos se posicionaram contra as obstruções e dizem acreditar que haverá o enfraquecimento após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de obrigar a Polícia Rodoviária Federal (PRF) a desobstruir as vias.
Deputados federais e senadores maranhense classificaram os movimentos contra os resultados das urnas para presidente da República como ilegais. O senador Weverton Rocha (PDT), por exemplo, disse que o resultado das urnas é o reflexo da vontade da maioria dos brasileiros.
“O resultado das eleições é o reflexo da vontade da maioria, já reconhecido por todas as instituições. Não cabe contestação por uma minoria, muito menos gerando tumulto nas estradas. O direito à manifestação é livre no nosso país, mas atos contra a democracia e pedidos de intervenção militar não são aceitáveis”, disse ao Imirante.
A senadora Eliziane Gama (Cidadania) considera também ilegal as manifestações nas estradas. "Elas [as manifestações] visam apenas criar tumulto e não respeitar o processo democrático de direito. O resultado das eleições é fruto da decisão soberana do povo brasileiro, portanto esse é um movimento inconstitucional, antidemocrático, criminoso e contra o povo brasileiro", comentou a parlamentar.
Entre os deputados federais, o sentimento é igual. Juscelino Filho (União) falou que as manifestações são inadmissíveis. “Totalmente contrário [às manifestações], esses bloqueios das rodovias por manifestações é inadmissível, as pessoas têm direito de ir e vir, é preciso respeitar as escolhas do povo brasileiro nas urnas e preservar o que temos de mais valioso na política, que é nossa democracia!”, afirmou.
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Hildo Rocha do MDB considera agressão à legislação as manifestações fechando rodovias. “Sou totalmente contra essas manifestações que resultam em fechamento de rodovias motivadas pelo resultado da eleição do segundo turno , pois isso é uma agressão a nossa legislação e total desrespeito as nossas instituições e a população prejudicada pelos bloqueios das estradas. Todos nós estamos submetidos ao regime legal. Ninguém tem o direito de desrespeitar as normas sem que tenha a devida punição legal. A liberdade de locomoção é um direito fundamental garantido pela nossa constituição federal. Quem estiver impedindo as pessoas de se locomoverem nas estradas pode ser detidas imediatamente pelas autoridades policiais. Outra, a eleição no segundo turno transcorreu dentro da normalidade e de acordo com as regras da nossa legislação eleitoral” disse o emedebista.
Edilázio Júnior (PSD) disse ser contra porque é necessário respeitar a vontade das urnas. “Sou totalmente contra. Precisamos respeitar a vontade das urnas porque estamos num país democrático. O que estar acontecendo é que há muitos transtornos até para os próprios eleitores de Bolsonaro. Ninguém, na verdade, pode apoiar este tipo de manifestação”, afirmou Edilázio.
Rubens Júnior, deputado federal do PT, garantiu que as manifestações são falta de respeito ao processo democrático. "Uma completa falta de respeito ao processo democrático e às instituições brasileiras. Enquanto o presidente Bolsonaro se isola e demonstra não aceitar o resultado, seus apoiadores, insuflados com o clima de desrespeito criado por ele ao longo de quatro anos, bradam aos quatro cantos por uma intervenção militar. O presidente Lula já começa a trabalhar antes mesmo de assumir o governo e inicia o processo de redemocratização através da reaproximação com os demais países do mundo.
No Maranhão, o governador Carlos Brandão tem trabalhado para garantir a normalidade e desobstrução das vias em todo o estado", declarou ao Imirante.
Bira do Pindaré (PSB) disse as manifestações são afronta a democracia brasileira. “Considero uma afronta à democracia. Creio q a decisão do STF vai dispersa essas manifestações golpistas rapidamente”, falou o parlamentar.
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