SÃO LUÍS - O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), anunciou nesta sexta-feira (22) que a Mesa Diretora da Casa decidiu rescindir o contrato com a Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Ceperj), responsável pela realização do concurso público do órgão legislativo.
A decisão ocorre após diversas denúncias de fraude no certame, cuja primeira etapa já havia sido anulada em junho.
Em entrevista ao programa Panorama, da Mirante AM, Othelino declarou que ainda não é possível cravar que o concurso foi fraudado, mas ressaltou que, diante dos indícios, não havia condições de manter a fundação à frente.
Ele disse, também, que não pode dar certeza de que a nova prova será realizada ainda em 2022.
Candidatos do concurso da Assembleia denunciaram à Ouvidoria do MP falhas na fiscalização das provas, irregularidades na publicidade do certame, vazamento de gabarito preliminar, utilização ilegal de celulares, suposta corrupção da Ceperj, além de provas e embalagens sem lacre.
As denúncias levaram a 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa de São Luís a instaurar, em 26 de maio, investigação sobre o caso.
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Nesse mesmo dia, o órgão encaminhou ofício ao presidente do Ceperj, Gabriel Lopes, solicitando esclarecimentos sobre as denúncias. Como não obteve retorno, em 7 de junho, um novo ofício foi encaminhado pelo Ministério Público concedendo 10 dias para prestar as informações.
Em 31 de maio, o MP oficiou ao presidente da Comissão de Acompanhamento do Concurso da Assembleia Legislativa, Eduardo Pinheiro Ribeiro, solicitando esclarecimentos sobre as denúncias.
Em 6 de junho, o Ministério Público emitiu recomendação à Comissão do Concurso orientando que as divulgações dos resultados de todas as fases do certame fossem publicadas com os nomes de todos os candidatos aprovados e respectivas notas, além da publicação de listas separadas, diferenciando os candidatos às vagas de ampla concorrência e as reservadas aos negros e pessoas com deficiência.
O deputado estadual Yglésio Moyses (PSB) também fez denúncia de fraude no concurso e chegou a afirmar que recebeu proposta de R$ 200 mil para não revelar o caso em pronunciamento na Assembleia.
Moyses chegou a dizer, na tribuna da Casa, que lhe ofereceram R$ 200 mil para que ele não fizesse a denúncia de irregularidades no certame.
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