SÃO LUÍS - Um paciente com necessidade especial que aguardava no Hospital Dr. Odorico Amaral de Matos, o Hospital da Criança, a transferência para um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foi transferido para o Hospital Dr. Carlos Macieira, em São Luís. O caso foi mostrado nesta semana pelo JM2.
Entretanto, muitas crianças ainda aguardam serem transferidas para uma unidade hospitalar. O drama para conseguir um leito é diário e as famílias sofrem com a falta de assistência.
Maria Josileide, mãe do pequeno Kelven, de 11 anos, tem uma solicitação com uma data provável para uma internação nesse domingo (5) no Hospital Materno Infantil. Mas, a família soube hoje, que ele não vai conseguir ser transferido.A criança faz tratamento no hospital e todo o mês, precisa de uma internação. Antes, ele veio para o Hospital da Criança com insuficiência respiratória e precisava de uma transferência. O menino tem imunodeficiência entre outros problemas de saúde.
"O meu filho tem a guia de internação para segunda-feira no Materno, ele falou para mim que essa guia não vale, que não tem como meu filho sair daqui. Meu filho está no hospital e aqui vai ficar eu disse 'se meu filho vir a óbito, o que vão fazer?'. Para ele tanto faz", disse a mãe.
Alana Barros, mãe do Ayslann, de um ano, ainda aguarda por um leito de UTI. Ele está internado no Hospital da Criança com pneumonia, crises convulsivas e síndrome de fabry (doença rara que provoca um acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos).
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Jasmin, de sete meses, sofre enquanto luta sem os recursos necessários contra os efeitos de uma pneumonia e infecção hospitalar. A menina tem problemas neurológicos e se alimenta por sonda. Já o pequeno Talles Pietro, de sete anos, não aguenta mais esperar por uma cirurgia. A espera já se arrasta por três meses.
"Minha filha além de contrair a bactéria, devido as drogas pesadas, minha filha ficou com problema de coração. Porque o coração não está conseguindo bombear sangue para as correntes sanguíneas, a minha filha tá muito difícil a situação. Cada dia ela continua mais inchada. A gente não está tendo resposta, o que a gente almeja é leito para os nossos filhos", disse.
A Defensoria Pública do Maranhão (DPE) acompanha os casos ainda sem respostas. Em entrevista ao JM1, na segunda-feira (30), o secretário Municipal de São Luís, Joel Nunes, disse que nessa época cresce a procura por atendimento de doenças respiratórias.
Em nota, a Secretaria de Estadual de Saúde (SES) informou que a rede possui 36 leitos de UTI pediátricos e 96 de enfermaria e que orienta os municípios a solicitarem transferências pela central de regulação.
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