greve de ônibus

Greve de rodoviários pautará debates na Câmara nesta segunda-feira

Vereadores cobram solução entre empresários e rodoviários, além de explicações do prefeito Eduardo Braide sobre reajuste de tarifa.

Ronaldo Rocha / Núcleo de Política

Atualizada em 26/03/2022 às 18h10
Câmara Municipal de São Luís vai debater greve de rodoviários e crise no sistema de transporte (Divulgação/Câmara de São Luís)

SÃO LUÍS - A greve de rodoviários na capital, que se estende desde o mês de fevereiro, deverá pautar debates na Câmara Municipal nesta segunda-feira, quando serão retomadas as sessões ordinárias.

No dia 25 de fevereiro o prefeito Eduardo Braide (Podemos) autorizou reajuste da ordem de R$ 0,20 na tarifa de ônibus da capital.

Com o aumento,o valor das passagens das linhas de ônibus não integradas passou de R$ 3,20 para R$ 3,40. Já o preço das linhas integradas subiu de R$ 3,70 para R$ 3,90.

Apesar do reajuste concedido e do subsídio de R$ 20 milhões às empresas, o Sindicato das Empresas de Transporte (SET) tem sustentado o discurso de que ainda não é possível arcar com as exigências dos rodoviários [cobradores, motoristas e fiscais de ônibus].

Os rodoviários pedem reajuste salarial, ticket alimentação, maior cobertura em planos de saúde, redução da jornada de trabalho e garantia de manutenção de cobradores nos seus postos de trabalho.

Crítica

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É justamente por causa da manutenção da greve, mesmo diante de reajuste de tarifa e do subsídio, que o debate tem sido ampliado na Câmara.

O vereador Antônio Marcos Silva – o Marquinhos (DEM), por exemplo, tem afirmado que o reajuste de tarifa, diante da greve que não chegou ao fim, penaliza o usuário.

"Do que adianta tentar enganar a população, se no final a verdade sempre vai aparecer? Uma coisa é falar e outra é fazer, e o prefeito Braide mais uma vez prova que seus compromissos são meramente midiáticos. Isso se chama hipocrisia. O povo de São Luís está sendo penalizado, injustiçado e duramente enganado por esta gestão", disse.

Outro parlamentar que se manifestou sobre o tema nos últimos dias foi Francisco Carvalho (PSL), presidente da CPI dos Transportes na Casa. Para ele, a solução para o impasse seria um subsídio federal.

"Saúde, educação e transporte são direitos fundamentais previstos em nossa Constituição, mas o Governo Federal só financia a Saúde, por meio do SUS e a Educação, com o Fundeb. Quem fica com os custos do transporte? Os usuários e os municípios. Precisamos mudar essa situação, através de um subsídio federal", disse.

O tema voltará a ser debatido nesta segunda.

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