Direção do União Brasil no Maranhão deverá ser definida esta semana
Dirigentes nacionais deverão escolher entre os deputados Juscelino Filho e Pedro Lucas Fernandes; definição pode ter reflexos na disputa pelo governo do Maranhão.
Esta semana, o União Brasil (partido que nasceu da fusão do DEM com o PSL) deverá bater o martelo quanto ao comando da legenda no Maranhão. Assim que foi aprovada a união das duas siglas ainda em 2021, havia um acerto para o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (ainda no PTB) ficasse com a presidência do partido regional.
Mas o que mudou de lá para cá para que o também deputado federal Juscelino Filho – que tinha previsão de ficar na direção nacional – resolvesse reivindicar o comando do União Brasil no Maranhão?
A resposta é simples: a real possibilidade de Pedro Lucas Fernandes deixar o grupo do senador do PDT e pré-candidato ao governo do Maranhão, Weverton Rocha. Fernandes estreitou as conversas com o vice-governador e também pré-candidato ao governo maranhense, Carlos Brandão (PSDB), no fim do ano passado.
O desembarque do “foguete” de Weverton é dado como certo e, por isso, deixar o União Brasil sob a direção de Pedro Lucas poderia prejudicar o pedetista que perderia o apoio do DEM e do PSL agora fundidos.
A direção nacional da sigla ficou de se reunir ainda esta semana para definir sobre o assunto. Mas devido à proximidade que Juscelino Filho tem com os dirigentes nacionais do antigo DEM e as relações que ficaram mais estreitas de Weverton Rocha com o antigo PSL, o mais provável é que o comando do União Brasil fique com Juscelino e nada mude – por enquanto – no grupo de Rocha.
Não conseguiu apoio
Carlos Brandão e seus aliados buscaram o apoio do União Brasil e também do Republicanos. No segundo caso, as conversas passavam pelo presidente nacional da sigla, Marcos Pereira.
Desde outubro que os diálogos com o presidente nacional do Republicanos vinha acontecendo e neste mês de fevereiro foi dado como certo o apoio do partido para Brandão.
Algumas semanas depois, no entanto, aliados do vice-governador já admitem que não conseguiram ficar nem com o União Brasil e nem com o Republicanos.
Primeira pesquisa
Nesta terça-feira, 22, no fim da tarde, o Instituto Escutec divulgará a primeira pesquisa de intenção de votos para governo, Senado e Presidência da República em 2022.
O levantamento, que será divulgado pelo Imirante/O Estado, começou a ouvir 2 mil eleitores no último dia 17 de fevereiro.
A pesquisa será concluída nesta terça. A expectativa maior é quanto aos percentuais da disputa pelo governo do Maranhão.
Cenários
Dois cenários estão sendo apresentados no levantamento. Um sobre intenção de voto para o Palácio dos Leões e outro sobre a rejeição dos nomes postos para a disputa.
Constam nestes cenários oito pré-candidatos ao governo maranhense: Carlos Brandão (PSDB), Weverton Rocha (PDT), Roberto Rocha (sem partido), Edivaldo Júnior (PSD), Simplício Araújo (SD), Enilton rodrigues (PSOL), Josimar de Maranhãozinho (PL) e Lahesio Bonfim (PTB).
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Dos nomes na disputa, somente o senador Roberto Rocha não confirmou sua pré-candidatura.
Disputa para o Senado
E o senador não confirmou porque ainda depende da escolha de partido para definir se disputará mesmo o Palácio dos Leões ou se concorrerá a reeleição.
Devido ao impasse, Rocha é colocado também como possibilidade de disputa para o Senado que tem o governador Flávio Dino como pré-candidato assim como Antônia Cariongo (PSOL) e Othelino Neto (PCdoB).
Ataques
Mensagens de redes sociais levou o senador Weverton Rocha e o vice-governador Carlos Brandão decidiram acionar a Polícia Federal por ataques virtuais contra suas pré-candidaturas.
Brandão foi o primeiro após mensagens de WhatsApp em que diziam que ele é candidato do governador de São Paulo, João Dória, e Weverton Rocha o candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na segunda-feira, 21, foi a vez de Rocha que disse ter sofrido ataques virtuais como calúnias em ataques por meio de redes sociais. O fato é que os aliados dos dois pré-candidatos acusam um ao outro pelos ataques.
Culpado?
O presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), pode ficar em situação pouco confortável.
Isto porque com a decisão dele de não apreciar requerimento dos governistas contra a composição da CCJ, a pauta na Casa não tem avançado.
E com três projetos importantes (defensores públicos, reajuste de procuradores e venda de gás natural para automóveis no Maranhão), a obstrução da pauta pode ser considerada culpa do comunista.
E mais:
Othelino Neto se recusa a analisar os requerimentos porque o pedido é para que haja uma nova eleição para presidência da CCJ.
Por ser um futuro oposionista do Palácio dos Leões, o presidente da Assembleia tem interesse de manter seu aliado, o deputado Márcio Honaiser no comando da comissão.
Mas a intransigência com matéria simples pode acabar deixando Othelino como o vilão da votação de matérias importante para duas categorias de servidores públicos e com os consumidores do estado.
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