Com CPI funcionando, SET reage mostrando dados do Sistema de Transporte
Segundo empresários, os prejuízos já somam mais de R$ 140 milhões desde o início da pandemia; para o sindicato, valor da tarifa deveria ser de R$ 4,77 em São Luís
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público que ocorre na Câmara Municipal de São Luís teve sua primeira reunião de trabalho de fato. Antes, os membros da comissão se reuniram somente para a escolha de presidente e relator.
Na última reunião, uma agenda de trabalho foi definida e requerimentos com convites para testemunhas foram aprovados. Serão ouvidos o ex-secretário de Trânsito e Transporte da capital, Canindé Barros e mais um representante da Comissão Central de Licitação que estava a frente do processo de licitação, em 2016.
A ideia dos membros da CPI é reunir o máximo de informações possíveis sobre a licitação e o contrato firmado com as empresas do transporte público da capital.
O início de fato dos trabalhos da CPI, ao que parece, fez com que o Sindicato das Empresas de Transporte (SET) decidisse mostrar números em relação ao sistema em São Luís. O SET mostra dados que apontam prejuízo de R$ 140 milhões ao sistema desde o início da pandemia.
Os empresários falam em gastos com folha de pessoal, combustível, reposição de peças e cumprimento de cláusulas do contrato que prevê renovação da frota. Gastos, que segundo o SET, foram ficando mais pesados com dois anos sem reajuste de tarifas. O sindicato aponta que, até outubro, o valor da passagem de ônibus deveria ser de R$ 4,77.
Este valor, ainda de acordo com o sindicato, cobriria os gastos e também a gratuidade que existem no sistema.
O fato é que o SET demonstra preocupação com os rumos que a CPI pode tomar ao buscar conhecimento sobre contratos após licitação. Os empresários, ao que parece, querem mostrar que o sistema está falido e a Prefeitura de São Luís pouco ou nada faz para contribuir.
Perdas e mais perdas
Sobre as gratuidades e meia-passagem para estudantes, o SET fala em 4 milhões de passagens que não são pagas por mês.
Ainda segundo o sindicato, esta quantidade representa R$ 15 milhões que as empresas deixam de receber.
E são estas gratuidades que, em geral, são solicitadas para a Prefeitura de São Luís subsidiar. No entanto, o contrato firmado em 2016 prevê todas estes benefícios.
CPI funcionando
Os dados agora apresentados pelo SET não foram expostos para a sociedade no período dos 12 dias de greve dos rodoviários ocorrida em outubro com 100% da frota nas garagens.
O que não deixa de ser estranho e não se relacionar os números divulgados com o início dos trabalhos da CPI do Transporte Público.
E mais: nos dados divulgados pelo SET não consta a informação do subsídio previsto para até o fim de dezembro deste ano que é de R$ 12 milhões.
Desistência
Ainda sobre a CPI do Transporte Público, a vereador Karla Sarney (PSD) deixou a comissão. Ela era suplente e decidiu pedir para sair.
A parlamentar é da base de apoio do prefeito de São Luís Eduardo Braide (Podemos) e não tem interesse em atuar na CPI.
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Além de Karla Sarney, também não quis participar da comissão o vereador Marquinhos Silva (DEM) depois que soube que não seria o relator na CPI.
Reclamação
A medida provisória que prevê reajuste de 9% para os servidores públicos do Maranhão tem sido alvo de críticas de várias categorias do funcionalismo público.
Os servidores reclamam que não houve diálogo com qualquer categoria para apresentar os percentuais de reajuste.
Policiais Civis, Militares e Bombeiros são os que mais reclamam. Também estão insatisfeitos categorias como dos procuradores que não estão incluídos nesta lista de aumento salarial após sete anos.
Reação
Sobre as insatisfações, o governador Flávio Dino (PSB) usou as redes sociais para garantir que nos últimos 7 anos, todas as categorias receberam direitos e benefícios.
Ainda de acordo com o socialista, somente no período determinado por lei (em 2021, no caso), não houve qualquer tipo de reajuste.
Para exemplificar, Dino falou do salário dos professores que é de quase R$ 7 mil para os que trabalham 40h semanais. Nas redes, no entanto, há muitos comentários que dizem não ser verdade o valor exposto pelo governador maranhense.
De saída
Outro deputado federal deverá deixar de apoiar o senador Weverton Rocha (PDT) para o governo do Maranhão em 2022.
A previsão é de que André Fufuca (PP) aceite os assédios do Palácio dos Leões e fique com o Detran, hoje comandado pelo pedetista Francisco Nagib.
A coluna mostrou que o deputado Pedro Lucas Fernandes também deve deixar o grupo de Weverton para ficar com o comando a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedes).
E mais:
- Fora estes dois parlamentares, não há indicativo de novas desistências do grupo de Weverton Rocha.
- Por enquanto, os demais aliados têm resistido aos assédios do Palácio dos Leões, que mesmo antes da reunião em que Flávio Dino anunciou apoio a Carlos Brandão (PSDB), já vinha chamando os chamados “rochistas” para entrar no projeto do vice-governador.
- Entre os que resistiram estão o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), e a senadora Eliziane Gama (Cidadania).
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