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Com proximidade de decisão, senador aumenta tom sobre candidatura

Em entrevista ao programa O que interessa da Mirante FM, Weverton Rocha falou da "natural candidatura" de Carlos Brandão em 2022 e diz que acordo quebrado em 2014, desobriga PDT de aceitar a naturalidade defendida por Flávio Dino

Imirante

Atualizada em 02/05/2023 às 23h37
Senador Weverton Rocha falou sobre "seu dever de casa" que garantiu a viabilidade de sua candidatura ao governo do Maranhão (Edilson Rodrigues/ Agência Senado)

Faltam cerca de 45 dias para que seja batido o martelo dentro do grupo do governador Flávio Dino (PSB) sobre o nome que disputará as eleições de 2022 para o governo do Maranhão com o apoio do Palácio dos Leões. E os dias vão reduzindo e o tom aumentando. Foi o que pôde ser percebido em entrevista do senador Weverton Rocha (PDT) na segunda-feira, 13, na rádio Mirante FM, no programa O que interessa.

O pedetista elevou o tom ao questionar, por exemplo, se os critérios postos na carta compromisso apresentada por Flávio Dino irá pautar a escolha do candidato do grupo. Rocha falou ainda em “união não ser adesão” e resgatou compromissos feitos em 2014 e que – por um objetivo maior – o PDT aceitou abrir mão da vaga de vice-governador na chapa de Dino.

Vale lembrar que na ocasião citada pelo senador do PDT, seria Márcio Honaiser o candidato a vice de Flávio Dino, mas para ter o PSDB – nas últimas semanas antes das convenções partidárias – Dino pediu que os pedetistas abrissem mão e assim ocorreu.

Pelo visto, devido a esta concessão e o não debate sobre espaço de vice em 2018, pelo que disse Weverton Rocha, a “naturalidade” colocada pelo governador Flávio Dino da candidatura de seu vice, Carlos Brandão, não é aceita no grupo do senador pedetista.

Esta foi a primeira vez que Weverton Rocha aumentou o tom sobre a candidatura de seu adversário interno e considerou que ele cumpriu todas as etapas para viabilizar sua candidatura.

Pelo que disse o senador pedetista, não há como garantir a união do grupo dinista se a escolha for pautada no “caminho natural” por Brandão se tornar governador em 2022.

Confraternização

E para comprovar que tem viabilidade política, Weverton Rocha reuniu na noite da segunda-feira, 13, cerca de 80 prefeitos em confraternização em São Luís.

Com estrutura que incluía palco e banda fazendo show, o pedetista falou em união, força e foco para as eleições de 2022.

No encontro, Rocha recebeu nomes “assediados” pelo Palácio dos Leões como o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB).

Desembarcando

Quem não apareceu foi o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (ainda no PTB). Ao que consta, o parlamentar deve descer do foguete pedetista nas próximas semanas.

Em conversas dele com o vice-governador Carlos Brandão – intermediada pelo prefeito de Arame e pai, Pedro Fernandes, Pedro Lucas deve aceitar a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedes).

No início da conversa, Pedro pai sugeriu a Educação para o filho, mas depois de muita conversa, Pedro Lucas deve ficar com a Sedes, que por sinal, é nicho do PDT de Weverton Rocha.

Boas-vindas

Sobre confraternizações, Carlos Brandão estava na do PSB na noite desta segunda-feira, 13. Ele confraternizou com Carlos Lula, Duarte Júnior, Rogério Cafeteira, Ricardo Capelli e outros nomes do PSB.

Brandão foi chamado para o encontro após, em reunião na manhã da segunda, a direção estadual definir pela filiação do vice-governador nos quadros da legenda.

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O secretário de Esportes, Rogério Cafeteira, nas redes sociais, publicou comentário dando boas vindas a Brandão.

Sem data

Ainda não há uma data definida para a filiação de Carlos Brandão no PSB. O provável é que até março ele se torne um socialista.

O seu PSDB pode ficar com o seu aliado, o deputado Fábio Macedo que ainda compõe os quadros do Republicano, partido do deputado federal, Cléber Verde, que apoia Weverton Rocha.

Se conseguir deixar com Macedo o PSDB, Brandão não perderá o apoio do partido em seu projeto de candidatura a reeleição em 2022.

Emendas parlamentares

Pelo que se configura, o orçamento estadual do próximo ano manterá as regras para as emendas impositivas no Maranhão.

Pelos cálculos feitos na Assembleia Legislativa, cada deputado terá direito a R$ 4 milhões em emendas.

No entanto, deste valor, na prática, o Palácio dos Leões tem a obrigação de ligará somente R$ 2 milhões já que as regras preveem que somente 50% do valor das emendas são impositivas.

PEC

Existe uma proposta tramitando na Assembleia Legislativa para mudar algumas regras da emenda impositiva.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), no entanto, nunca avançou na Casa porque o governador Flávio Dino mostrou que ainda tem uma base forte na Assembleia.

A PEC de mudança na emenda impositiva foi uma idealização do presidente da Casa, Othelino Neto, que sabe que tem somente cerca de 15 votos favoráveis à proposta.

E mais:

- O deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) poderá se tornar réu no caso de “pedágio” de emendas parlamentares investigada pela Polícia Federal.

- O inquérito que vinha sendo montado desde 2020 foi concluído pela PF e já encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

- Sobre o possível processo judicial, à coluna, Maranhãozinho disse que agora poderá se defender por ter acesso às acusações feitas a ele.

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