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SÃO LUÍS – Desorganização, superlotação de hospitais e unidades de saúde, além da falta de medicamentos e infraestrutura: questões que a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) tenta superar. Os problemas na rede pública em São Luís levaram à Promotoria Especializada em Saúde a tomar uma atitude: no dia 18 de junho, a Justiça determinou a interdição parcial do Hospital Clementino Moura (o "Socorrão II"), após receber, do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) um relatório com irregulares encontradas em vistorias. No dia 24, o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) suspendeu a liminar, por entender que havia risco à saúde pública com a falta de atendimento médico na unidade.
Na semana passada, novos problemas na rede pública de saúde: quem foi à Central de Marcação de Exames e Consultas de São Luís encontrou filas e dificuldade no atendimento. As dificuldades são reconhecidas pela secretária-adjunta de Ações e Serviços de Saúde da Semus, Silvia Cristina Viana Silva Lima. Em entrevista ao Imirante.com, ela atribuiu alguns dosa obstáculos às gestões anteriores. "Sem dúvida nenhuma, fazer uma gestão de qualidade, uma gestão participativa e destruir, vamos dizer assim, eliminar alguns vícios que a gente encontrou de gestões anteriores. A gente tem, realmente, um quadro de superlotação das unidades, a gente tem um quadro de deficit de RH e a gente tem vontade de melhorar e valorizar o nosso servidor. Esses desafios são pertinentes e a gente está buscando diversas alternativas, diversas estratégias para tentar solucionar. Difícil é fazer isso em pouco tempo", diz – ouça a entrevista na íntegra.
A gestora, entretanto, ressalta alguns avanços em unidades de grande porte, conhecidas como unidades de "porta aberta". "Hoje, não tem mais aquelas filas, não tem mais aquelas macas nos corredores", assegura. Além desse, a secretária-adjunta destaca outros avanços, como o Hospital da Mulher – que, segundo ela, tornou-se referência em neurocirurgia –, a inauguração da Unidade Mista do Coroadinho e reforma – em andamento – de outras 14 unidades. "Para o pouco tempo que a gente fez, eu acho que o maior desafio, agora, é tentar acelerar os processos de compra, para que, efetivamente, os insumos, os medicamentos cheguem às unidades de saúde", completa.
Atendimento humanizado
Diante das dificuldades, a Semus quer implementar o que defende como atendimento humanizado. A medida já havia sido anunciada, em abril, pela própria secretária de Saúde do município, Helena Duailibe, em entrevista ao Imirante.com. A pedido do portal, Silvia Cristina Lima explica os princípios do modelo de atendimento, que visa dar acesso resolutivo à população. "O atendimento humanizado atende a uma política nacional. Há diretrizes. O atendimento humanizado significa, primeiro, acolher. Receber esse usuário, ver sua necessidade e, de acordo com sua necessidade, você encaminhar para o melhor atendimento. Quando você acolhe, você faz uma classificação de risco", esclarece.
Para dar efetividade ao atendimento humanizado em suas 82 unidades de saúde, a Semus realiza, a partir desta terça-feira (1º), em parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), um curso de aprimoramento da gestão pública do sistema de saúde. Ao todo, 124 gestores e profissionais de saúde se inscreveram no curso, que ocorre na Cidade Universitária da UFMA, no Itaqui-Bacanga. "Esse curso tem um diferencial, porque tem diretores de unidades, chefes de serviços e profissionais da secretaria, para que a gente junte as pessoas, para que elas olhem seu cotidiano, para as suas práticas e percebam que algumas coisas podem estar equivocadas e fortaleçam isso. Revisar, olhar os processos e aprimorar aquilo que não está adequadamente", explica a secretária-adjunta.
Concursos e processos seletivos
Também como medida para melhorar o atendimento nas unidades de saúde da capital maranhense, Silvia Cristina Lima garantiu que um processo seletivo vai ser realizado neste segundo semestre, visando aumentar o efetivo do programa "Consultório na rua", do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Núcleo de Atendimento à Saúde Psicossocial (Naps).
Para 2015, a administração municipal, também, já garantiu um concurso público.
Ouvidoria
Questionada sobre o atendimento na Central de Marcação de Exames e Consultas, a secretária-adjunta da Semus esclareceu que, no momento, ele é feito somente de forma presencial, mas que uma central telefônica já está sendo montada, para dar celeridade ao processo. Entretanto, ela não fixou prazo para que isso ocorra. Atualmente, a capital maranhense conta com 24 unidades de marcação de exames e consultas (veja a lista completa no fim da reportagem). Ela orienta que os usuários da rede pública busquem informações na unidade mais próxima de sua residência.
Reclamações ou sugestões podem ser feitas por meio da Ouvidoria Municipal de Saúde de São Luís, de forma presencia na Rua Oswaldo Cruz, nº 89, Centro; nos Núcleos de Ouvidoria dos hospitais municipais Djalma Marques ("Socorrão I") e Clementino Moura ("Socorrão II"); e, ainda, pelo "Alô Saúde" (0800-280-8877).
Unidades de marcação de consultas e exames em São Luís:
– Unidade Marcadora Central: Avenida dos Franceses, S/N, Alemanha;
– Unidade Mista (U.M.) Bequimão: Avenida do Contorno, S/N, Bequimão;
– U.M. Coroadinho: Rua da Vitória, S/N, Coroadinho;
– U.M. São Bernardo: Avenida Tiradentes, S/N, São Bernardo;
– U.M. Itaqui-Bacanga: Avenida dos Portugueses, S/N, Vila Isabel;
– Centro de Saúde (C.S.) Amar: Rua Deputado Luís Rocha, S/N, V. Fialho;
– C.S. Cohab-Anil: Avenida Principal, S/N, Cohab-Anil;
– C.S. São Cristóvão: Rua Campo da Estrela, S/N, São Cristóvão;
– C.S. Fabriciana de Moraes: Rua 5, Quadra 7, Conjunto Habitacional Nice Lobão, Cidade Operária;
– C.S. Salomão Fiquene: Avenida Leste Oeste, S/N, Cohatrac;
– C.S. Estiva: BR-135, S/N, Estiva;
– C.S. Nazaré Neiva: Rua 15, nº 1, São Raimundo;
– C.S. Quebra Pote: Praçaa do Cemitério, S/N, Quebra Pote;
– C.S. Santa Bárbara: Rua Principal, nº 180, Santa Bárbara;
– C.S. Vila Esperança: Praça Nossa Senhora da Conceição, S/N, Vila Esperança;
– C.S. Tibiri; Rua Santo Antônio, S/N, Tibiri;
– C.S. Vila Itamar: Rua do Fio, S/N, Vila Itamar;
– C.S. Vila Maranhão: BR-135, S/N, Vila Maranhão;
– C.S. Clodomir Pinheiro Costa: Avenida Principal, S/N, Anjo da Guarda;
– Hospital da Mulher: Avenida dos Portugueses, S/N, Itaqui-Bacanga;
– Hospital Aldenora Bello: Rua Seroa da Mota, nº 23, Apeadouro;
– Apae: Granja Barreto, S/N, Outeiro da Cruz;
– Maternidade Maria do Amparo: Rua Elgitha Brandão, Anil;
– Santa Casa de Misericórdia: Rua do Norte, S/N, Centro.
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