SÃO LUÍS - A 27ª Promotoria de Justiça Criminal de São Luís ofereceu à Justiça Denúncia contra o investigador Luiz Fernando Negreiros Cardoso, da Polícia Civil. O crime denunciado pelo Ministério Público é o de tentativa de homicídio duplamente qualificado contra Ítalo Dalessandro Vieira Silva.
De acordo com o inquérito policial, o crime teria ocorrido em 25 de agosto de 2012, por volta das 21h30, na rua Duque Bacelar, no Jardim Eldorado. Ítalo Silva e outros três vigias estavam trabalhando quando o policial teria passado de carro, observando-os, e retornado com os faróis voltados para o grupo.
Os vigias teriam reclamado do fato, o que levou o investigador Luiz Fernando Cardoso a sair do carro armado, ordenando que os quatro encostassem na parede. Os profissionais teriam retrucado, afirmando que estavam trabalhando com serviço de vigilância. Negreiros teria insistido, apontando a arma para Ítalo Dalessandro, que saiu correndo e levou um tiro pelas costas.
Depois do tiro, o policial teria ido até a vítima, revistando-a sem encontrar nada. Ele teria, ainda, dado dois chutes no vigia e dito aos outros vigilantes para deixar que Ítalo morresse ali mesmo. Socorrido, o jovem foi submetido a procedimentos cirúrgicos e, em razão das lesões, ficou paraplégico.
Na Denúncia, o titular da 27ª Promotoria de Justiça Criminal de São Luís, Willer Siqueira Mendes Gomes, afirma que o policial utilizou recurso que dificultou a defesa da vítima, atirando pelas costas "no momento em que a vítima não esperava que o acusado fosse tomar tal atitude e também não teve a oportunidade de se esquivar do projétil". Além disso, a motivação do crime foi considerada fútil: a mera insatisfação do denunciado com o fato de Ítalo Dalessandro ter pedido para que o policial baixasse os faróis do veículo.
De acordo com o promotor, a materialidade do crime está confirmada pelo exame de Corpo de Delito e a autoria ficou demonstrada pelos depoimentos de testemunhas, confissão do acusado e pelo exame de balística, que confirmou que a bala que atingiu a vítima foi disparada pela arma de Luiz Fernando Negreiros Cardoso.
Inquérito
Dias após o crime, em 5 de setembro, a mãe de Ítalo Dalessandro, Antonia Silva Vieira, foi recebida pela procuradora-geral de justiça, Regina Lúcia de Almeida Rocha. Na reunião, a procuradora se comprometeu a designar um promotor de justiça para acompanhar as investigações sobre o caso.
No dia 11 do mesmo mês foi designado o titular da 6ª Promotoria de Justiça Criminal de São Luís, Justino da Silva Guimarães, que acompanhou todo o desenvolvimento do inquérito, em conjunto com a Polícia Civil.
As informações são do Ministério Público.
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