SÃO LUÍS - O secretário de Estado da Saúde, José Márcio Leite, participou nesta quarta-feira (19), com gestores de outros 15 Estados, de reunião com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Brasília. O encontro teve como objetivo reforçar as ações de controle da dengue e de preparar a rede de saúde para atendimento aos pacientes, nos Estados e municípios.
De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, o Maranhão e mais 15 Estados apresentam risco muito alto de epidemia de dengue em 2011. Para essas unidades da Federação, Alexandre Padilha reforçou a importância de se realizar ações integradas entre diversas áreas para o enfrentamento da doença, incluindo setores público, privado e organizações da sociedade civil.
Acompanhado do superintendente de Vigilância Epidemiológica da SES, Henrique Jorge dos Santos, o secretário José Márcio Leite, informou, logo após a reunião, que os municípios maranhenses de maior risco para a doença serão visitados por técnicos do órgão. A ideia é trabalhar ações preventivas para evitar um surto de dengue.
“A exemplo do que está acontecendo no município de Raposa, em que a SES, prefeitura e comunidade estão juntas no combate ao mosquito Aedes aegypti, vamos estender estes cuidados a todos os municípios que apresentam alto risco”, garantiu o secretário.
No encontro, foi anunciado que as formas graves da doença e os óbitos suspeitos por dengue terão de ser informados ao Ministério da Saúde dentro de 24 horas. Uma portaria regulamentando a notificação deverá ser publicada nos próximos dias. Dengue já é uma das 44 doenças de notificação compulsória em todo o país.
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Monitoramento
O monitoramento dos casos será feito por um sistema online, que está em fase de testes e deverá ser lançado nas próximas semanas. O sistema será alimentado por estados e municípios e poderá ser acompanhado em tempo real pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde – Ministérios e Secretarias Estaduais e Municipais. Serão utilizados mapas virtuais para mostrar a distribuição geográfica, indicando o município onde ocorreu o caso grave ou a morte por dengue.
A partir da implantação do sistema, o Ministério da Saúde fará monitoramento diário dos óbitos e semanal dos casos graves, em 70 municípios considerados prioritários no momento. “O acompanhamento minucioso nos permite identificar se houve problemas relacionados ao atendimento do paciente nas unidades de saúde”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
Esses 70 municípios foram definidos com a aplicação do critério de densidade populacional, previsto na ferramenta Risco Dengue – que identificou os 16 estados com risco muito alto de epidemia. O indicador de população foi utilizado nas 178 cidades com alto índice de infestação pelo mosquito transmissor, apontadas pelo Levantamento do Índice Rápido de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), divulgado em dezembro de 2010.
As informações são da Secom/governo do Estado.
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