São João

Bois de zabumba fazem festival no Monte Castelo

Festa durou mais de 14 horas e teve a apresentação de 15 grupos de bumba meu boi.

Diego Torres/O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h52

SÃO LUÍS - Foi encerrada, com muita animação, a 16ª edição do Festival do Boi de Zabumba, no bairro Monte Castelo. A festa, que ocorreu na Avenida Newton Bello, durou mais de 14 horas e teve a apresentação de 15 grupos de bumba meu boi. De acordo com Basílio Durans, organizador do evento, a intenção é fortalecer e garantir a sobrevivência do sotaque de zabumba no estado.

Passava das 9h de domingo, e o Boi Mimo de São João da Vila Ivar Saldanha ainda se apresentava em frente ao palco montado na Avenida Newton Bello, no Monte Castelo. Antônio Carlos, vice-presidente da brincadeira, disse estar orgulhoso por colaborar na manutenção de uma tradição que, segundo os próprios brincantes, corre o risco de ser esquecida. "As apresentações começaram as 19 h de sábado e pelo horário dá para ver que as pessoas participam ativamente do festejo. É uma honra para mim, que há pelo menos 10 anos dou minha contribuição para o boi de zabumba não acabar", disse o boieiro.

O organizador do festival, Basílio Durans, reiterou o compromisso dos entusiastas do sotaque de zabumba, para a permanência e consolidação da comemoração e explicou que até mesmo a escolha do local tem essa intenção. "Era aqui, no antigo Areial, que aconteciam as apresentações dos bois de zabumba e por isso escolhemos esse lugar para servir como palco", explicou, referindo-se ao Monte Castelo.

A primeira edição do festival aconteceu em1994, atrás da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, sob a sombra de uma barrigudeira. Desde então, o evento ocorre sempre no segundo sábado do mês de julho.

Segundo o anedotário popular, o boi de zabumba foi trazido a São Luís em 1920, por meio de um homem chamado Hemetério Raimundo Cardoso, conhecido como "Seu Misico" natural daquela cidade.

O som do bumba meu boi de zabumba é parecido com o mesmo som emitido pelo rufar de tambores africanos. Esse sotaque é originário do município de Guimarães, localizado na Baixada Ocidental do estado, e por essa razão também é chamado de sotaque de Guimarães.

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