Desentendimento

Diretor da Agência Espacial Brasileira é exonerado

Saída do brigadeiro Antônio Chaves foi publicada nesta quinta. Ministério não explicou motivos da exoneração do diretor.

Jeferson Ribeiro/G1

Atualizada em 27/03/2022 às 13h09

BRASÍLIA - A Casa Civil publicou no Diário Oficial de ontem (10) a exoneração do diretor de Transporte Espacial e Licenciamento da Agência Espacial Brasileira (AEB), brigadeiro Antônio Chaves.

Segundo o G1 apurou, a saída do militar da reserva da AEB ocorreu após desentendimento entre ele e o presidente da Cyclone Alcântara Space, o ex-ministro de Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, no dia 26 de agosto.

A Cyclone é uma empresa brasileiro-ucraniana, criada pelos dois países para lançar foguetes da base militar de Alcântara, no Maranhão. O lançamento do primeiro foguete está previsto para dezembro de 2010.

O desentendimento teria ocorrido na reunião do dia 26, quando a empresa e os diretores da AEB discutiam detalhes técnicos do cronograma de trabalho na base de Alcântara. Segundo a assessoria da agência, durante o debate “houve um acirramento pontual de ânimos entre dois interlocutores”. A agência não especificou se o desentendimento foi entre Amaral e o brigadeiro.

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O G1 apurou que durante a apresentação técnica de um funcionário da Cyclone, o brigadeiro discordou de alguns pontos. Depois de algumas intervenções, o presidente da empresa teria ficado irritado e xingou o brigadeiro, que teria reagido e tentado atingir Amaral com um copo d’água. As informações não foram confirmadas pela assessoria da AEB.

Após a discussão, Amaral teria pedido ao ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, cuja pasta é responsável administrativa pela AEB, a exoneração do brigadeiro. O pedido foi atendido e a exoneração foi publicada nesta quinta-feira. Amaral também é presidente do PSB, partido do ministro Rezende.

O G1 tentou falar com o brigadeiro nesta quinta-feira, mas os assessores do seu gabinete informaram que ele viajou para resolver problemas particulares. Informaram também que o brigadeiro não disse quando retornava e não podia atender a reportagem pelo telefone celular, porque estava sem o aparelho.

O G1 procurou a assessoria do ministro de Ciência e Tecnologia, mas a assessora não retornou as ligações.

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