Condenação

Ciúmes e segredo: acusado pega 13 anos por matar homem a facadas em Santa Inês

O crime aconteceu no fim de 2024, e o julgamento de Emerson Gabriel Oliveira foi realizado nesta quarta-feira (12).

Imirante, com informações da CGJ-MA

Juiz Raphael Leite Guedes, ao centro, lendo sentença durante júri em Santa Inês. (Foto: Divulgação)

SANTA INÊS - Um relacionamento vivido às escondidas terminou em tragédia em Santa Inês. Emerson Gabriel Oliveira foi condenado a 13 anos e nove meses de prisão por matar Fernando Alves Costa, após uma discussão em via pública.

O crime aconteceu no dia 11 de dezembro de 2024, e o julgamento foi realizado nesta quarta-feira (12). O réu não poderá recorrer em liberdade. 

Relacionamento amoroso em segredo entre condenado e vítima

De acordo com o processo, Emerson e Fernando mantinham um relacionamento amoroso que o acusado do crime tentava esconder, enquanto se envolvia com outras mulheres. Testemunhas relataram que Fernando presenteava o ex-companheiro com frequência, apesar disso havia brigas e ciúmes entre os dois.

Na noite do crime, na rua Pedra Branca, Emerson chegou acompanhado de uma mulher e acabou discutindo com Fernando. Em meio à briga, ele sacou uma faca e atacou a vítima diversas vezes. Fernando ainda foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

Durante o julgamento, Emerson confessou o crime, dizendo que sofria ameaças da vítima por não corresponder às investidas amorosas. Imagens registradas por câmeras mostram o agressor golpeando Fernando mesmo depois que ele caiu no chão. 

“Sua vida foi tirada de forma muito cruel e brutal”, disse prima da vítima

“Nós estávamos aqui de forma pacífica buscando por justiça. A vida dele, do Fernando, não volta mais e nós estamos saindo daqui com o coração mais em paz, porque a justiça foi feita. Fernando não era o réu, ele era a vítima. A sua vida foi tirada de forma muito cruel e brutal. Ele não teve como se defender e nem quem o defendesse, mas estamos felizes com a decisão da justiça e mais ainda com a decisão que nós sabemos que o nosso Deus, que é o justo juiz, a justiça dele não falha e isso nos conforta mais ainda”, declarou uma prima de Fernando, após a leitura da sentença.

A sessão durou cerca de oito horas e foi presidida pelo juiz Raphael Leite Guedes. O magistrado pontuou na sentença que, diante da recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que consolidou o entendimento acerca da soberania dos veredictos do Tribunal do Júri, fica autorizada a execução imediata da pena imposta.

“No julgamento do Recurso Extraordinário 235340, com repercussão geral, o Supremo Tribunal de Justiça firmou a tese de que a execução imediata da pena, proferida pelo Tribunal do Júri, é plenamente justificada pela sua soberania constitucional, não se restringindo às penas superiores a 15 anos de reclusão”, observou.

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