SANTA HELENA - O município de Santa Helena, a 115km de São Luís, continua combatendo o avanço do novo coronavírus (Covid-19), depois de se tornar notícia em todo o Brasil por causa de uma marcha contra a pandemia, realizada por um grupo religioso no dia 31 de maio. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), o município ultrapassou os 1.000 casos confirmados de Covid-19 nesta quinta-feira (25), mas tem uma das menores taxas de letalidade do Maranhão.
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Segundo a SES, Santa Helena já contabilizou 1.038 casos confirmados de coronavírus e é a 14ª cidade do Maranhão com o maior número de pessoas infectadas. A cidade, entretanto, teve apenas três mortes por Covid-19 e registra uma taxa de letalidade de apenas 0,28%, abaixo do percentual do Maranhão, de 2,49%, e do Brasil, que está em 4,5%.
A prefeitura de Santa Helena do Maranhão, que repudiou a realização da marcha contra o coronavírus em maio, emitiu nota logo após o ocorrido, falando sobre os cuidados que a cidade está tomando para evitar mais infectados e mortos. "Vamos seguir agindo conforme as orientações da Organização Mundial de Saúde, para diminuir o contágio e proteger vidas. O número de casos reforça a necessidade de compreensão e contribuição ativa de todos para a desaceleração da curva de infecção", ressaltou a nota da prefeitura na ocasião.
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Relembre o caso
Um grupo de aproximadamente 300 pessoas realizou uma passeata contra a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) nas cidades de Santa Helena e Turilândia, a 115km de São Luís. A manifestação foi registrada por moradores dos dois municípios maranhenses, que enviaram fotos e vídeos ao Imirante.com.
Na manifestação, os líderes do protesto convocaram as pessoas a retirarem e queimarem máscaras. "Jesus não quer ver ninguém mascarado, Deus não se agrada de medrosos", afirma um dos manifestantes. Em nota, a Igreja Evangélica Assembleia de Deus, localizada em Santa Helena, se manifestou a respeito do protesto contra o coronavírus na cidade e disse que não teve envolvimento na marcha.
Inquérito aberto
Responsável pela organização da marcha, o autointitulado líder religioso Félix Antônio Ferreira, o "Félix da Revelação", prestou depoimento no dia 3 de junho à Polícia Civil, que abriu um inquérito após solicitação da prefeitura de Santa Helena e do Ministério Público do Maranhão (MPMA).
A passeata convocada por Félix Ferreira contrariou regras sanitárias, colocou a saúde da população em risco e descumpriu leis e decretos, já que a maioria das pessoas estava sem máscara e desobedecendo o distanciamento social.
"A Prefeitura aguarda que seja instaurado um inquérito para avaliação dos crimes cometidos e, possivelmente, a realização das punições referentes à quebra de protocolos, decretos estaduais e municipais, para que fatos como esse não voltem a acontecer em nosso município", disse Fábio Nascimento, secretário de Saúde de Santa Helena, em entrevista à TV Mirante.
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