PRESIDENTE DUTRA - Moradores da comunidade Calumbi, no município de Presidente Dutra, a 347km de São Luís, fizeram um protesto na tarde desta quarta-feira (23), cobrando justiça pela morte de Hamilton César Lima Bandeira, de 23 anos, que foi morto na última sexta-feira (18), dentro de casa, por policiais civis. Hamilton, que tinha transtornos mentais, fez uma postagem nas redes sociais desejando "boa sorte" a Lázaro Barbosa, criminoso que está sendo procurado há 15 dias após assassinar quatro pessoas em Ceilândia, no Distrito Federal.
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O protesto ocorreu após a fala do secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, que optou por não afastar os policiais que atiraram contra o jovem por 'não haver elementos que afirmem que Hamilton foi assassinado pelos policiais'. Em nota divulgada na última segunda-feira (21), a Polícia Civil informou que os agentes tinham sido afastados para o decorrer das investigações. Vestidos de branco e com cartazes, parentes e amigos de Hamilton pediram punição aos policiais até que as investigações sejam concluídas.
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Alegando "apologia ao crime", três policiais foram até a residência de Hamilton César e efetuaram ao menos dois tiros contra o jovem, que estava acompanhado do avô de 99 anos, não resistiu aos disparos e morreu no hospital. Os policiais afirmaram que Hamilton fez ameaças com um faca, que ainda não foi apresentada, mas a família do jovem contesta a versão e alega que ele não estava armado, relato confirmado também pelo avô, testemunha ocular do homicídio.
O Ministério Público do Maranhão (MP-MA) vai pedir a exumação do corpo de Hamilton César, já que ele foi enterrado sem passar por necropsia no Instituto Médico Legal (IML), como é recomendado em casos de intervenção policial. Por isso, não há laudos sobre os tiros que atingiram o rapaz.
De acordo com informações do MP-MA, Hamilton César foi atingido por dois dos três disparos feitos por policiais civis, mas só o laudo poderá informar onde foram os tiros. Nesta terça-feira (22), quatro dias após a ação policial que vitimou o rapaz, a polícia fez uma perícia na casa da família, em Presidente Dutra.
O MP-MA informou ainda que as investigações do caso vão ficar a cargo da Polícia Civil e que o órgão vai apenas sugerir procedimentos que acharem necessários.
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