PRESIDENTE DUTRA – Um inquérito apura a morte de um jovem baleado por policiais civis na última sexta-feira (18), no povoado Calumbi, no município de Presidente Dutra.
Segundo uma nota divulgada pela Polícia Civil do Maranhão, a equipe saiu para atender a uma ocorrência de ameaça e apologia ao crime. A nota diz que “os policiais foram ameaçados pelo suspeito que estava de posse de uma arma branca (faca)”.
Os policiais civis atiraram para conter a situação, afirma ainda a nota. Um dos disparos acertou o jovem, que foi socorrido, mas não resistiu.
Leia na íntegra a nota da Polícia Civil:
“A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) informa que na última sexta-feira (18), após denúncias de moradores, atendeu a uma ocorrência de ameaça e apologia ao crime em uma residência no povoado de Calumbi.
Quando chegaram ao local, os policiais foram ameaçados pelo suspeito que estava de posse de uma arma branca (faca). Para conter a situação, os agentes atiraram e um dos disparos atingiu ao rapaz, que foi socorrido pelos policiais, levado ao hospital com vida, mas acabou vindo a óbito.
A Polícia Civil do Maranhão lamenta profundamente o fato e se solidariza com a família. Pontua, ainda, que um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias da ocorrência.
Uma equipe da Secretaria de Estado de Direitos Humanos (SEDIHPOP) está acompanhando o caso.”
Família contesta polícia
O jovem foi identificado como Hamilton Cesar Lima Bandeira, de 23 anos, e tinha deficiência mental, segundo a família. Os parentes disseram ao Imirante.com que o rapaz não estava armado no momento da ação policial.
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O pai de Hamilton, Antônio Bandeira, disse à reportagem do Portal que o filho tinha chegado de um campo, almoçou e se deitou e, em seguida, apareceram os policiais. “Não tinha maior sentido do mundo deles chegar lá assassinando ele. E ele não usava ferramenta nenhuma. A polícia não falou nada, quando chegou lá foi metendo bala, que quase matou um idoso de quase 100 anos”, relatou. A avó e uma tia que moram na mesma casa estavam em Presidente Dutra.
O pai contou ainda como era o filho no dia a dia com a comunidade. “Ele tinha acabado de chegar do campinho com as crianças que andavam mais ele. Ele não fazia um pingo de medo em sociedade alguma. Ele era meninão. Tinha 23 anos, mas o sentido era de criança”, relatou Antônio.
Hamilton morava com o bisavô Pracio Ribeiro. “Ele não era agressivo, ele não era saliente, ele não queria nada de mal pra ninguém... Só que pelo problema dele mental... Quando vinha aquela coisa na cabeça dele, ele falava as coisas que não era pra falar”, acrescentou o pai de Hamilton.
A tia de Hamilton, Cristiane Bandeira, também contou ao Imirante que o sobrinho era sossegado e tranquilo. “Nunca me respondeu mal, só tinha perturbações mentais, onde ele encontrava carinho, ele se apegava”, declarou.
“Os vídeos que tenho dele, são vídeos engraçados, ele mesmo defendendo injustiças, tinha medo de polícia desde criança, se ele fez vídeos defendendo o crime não tenho conhecimento, e isso não justificaria o que aconteceu”, comentou a tia do rapaz.
O corpo de Hamilton foi enterrado no povoado Calumbi. No sábado (19), moradores fizeram manifestação pedindo justiça.
Ouça o relato do pai de Hamilton:
Ouça o relato da tia de Hamilton:
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