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França afirma que lutará contra acordo entre Mercosul e União Europeia

Sophie Primas, ministra do comércio exterior da França, afirmou que o país trabalhará contra o acordo de nações da América do Sul com a Europa.

Com informações do g1

Representantes do Mercosul e da União Europeia após reunião no Uruguai (Ricardo Stuckert / PR)

FRANÇA - A França reforçou posicionamento oficial de lutar contra acordo entre o Mercosul e a União Europeia, em que o Brasil está inserido. A declaração oficial do país foi dada pela ministra do comércio exterior, Sophie Primas.

De acordo com a ministra, a França vai atuar em todas as frentes para evitar que o acordo de livre comércio seja concluído e assinado. 

A articulação pelo livre comércio entre os dois blocos foi anunciado oficialmente na manhã desta sexta-feira (6) pela presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, após a reunião dos líderes dos blocos na cúpula do Mercosul em Montevidéu, no Uruguai. As negociações já duravam 25 anos.

O presidente Lula (PT) participou da reunião.

A França, contudo, tem se manifestado reiteradamente contra o andamento do acordo há anos, afirmando que os produtos agrícolas do Mercosul entrariam na Europa em condições “desiguais de competitividade”, o que prejudicaria a produção local.

Trata-se de uma defesa do desenvolvimento da própria nação.

Nos últimos meses, agricultores franceses chegaram a fazer manifestações e protestos contrários à assinatura do acordo.

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Para a ministra Sophie Primas o que está acontecendo em Montevidéu, na Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, não é a assinatura do acordo, mas sim a conclusão política da negociação.

“Isso não vincula os Estados-Membros. Cabe agora ao Conselho Europeu e depois ao Parlamento Europeu exprimirem-se. A França lutará em cada passo do caminho ao lado dos Estados membros que partilham a sua visão”, disse.

A assinatura do acordo só acontece depois que os textos passarem por uma revisão jurídica e de serem traduzidos para os idiomas oficiais dos países envolvidos. O anúncio, portanto, significa que as negociações entre os dois blocos estão encerradas.

Apesar da expectativa pelo anúncio, que ocorre 25 anos após o início das negociações, o acordo ainda não possui nenhum efeito prático e imediato, e pode demorar até ser implementado.

Em nota, a União Europeia disse que o fim das negociações sobre os termos anunciados nesta sexta constitui apenas o "primeiro passo em direção à conclusão do acordo".

A partir de agora o texto precisa seguir um longo caminho de validação nos dois blocos econômicos, e ainda corre o risco de ser reprovado na União Europeia, tendo em vista as manifestações contrárias de alguns governos europeus.

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