Copa do Mundo

Publicação aponta para risco controlado de dengue

Aline Leal/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h54

BRASÍLIA - Em resposta à publicações estrangeiras alertando para o risco de surto de dengue no Brasil durante a Copa do Mundo, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fizeram estudo que aponta que a probabilidade de uma epidemia de dengue é pequena.

O estudo indica que no período do Mundial teremos uma incidência menor do que 100 casos por 100 mil habitantes em Brasília, Cuiabá, Curitiba, Porto Alegre e São Paulo, considerada baixa incidência. No Rio de Janeiro, e Belo Horizonte, em Salvador e em Manaus há um risco de média incidência de dengue, entre 100 a 300 casos.

Já as capitais Recife, Fortaleza e Natal, têm um risco alto, com probabilidade de mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes. Apesar disso, a probabilidade de acontecer uma alta incidência nestas três capitais é considerada baixa pelos pesquisadores, 19%, 46% e 48%, respectivamente.

De acordo com um dos autores da pesquisa, Christovam Barcellos, a situação está controlada. “As previsões são muito mais baixas do que falam os jornais do mundo inteiro”, avaliou o pesquisador. Ele acrescentou ainda que com o estudo é possível agir pontualmente nos locais de maior risco.

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Para a pesquisa, que foi publicada esta semana na revista científica inglesa The Lancet Infectious Deseases, foram avaliados fatores que influenciam na proliferação do mosquito e na transmissão da doença, como o número de casos registrados nas cidades nos últimos 12 anos, volume de chuvas e temperatura no período da competição, além de questões sociais e ambientais.

Segundo Barcellos, houve uma redução de 80% no número de casos de dengue considerando o verão de 2014 com relação ao de 2013. “Tivemos este ano um verão atípico, muito quente e seco, clima pouco propício para a proliferação do mosquito”.

Os últimos números do Ministério da Saúde mostram que até o dia 3 de maio, foram notificados 394.614 casos de dengue, contra 1.218.306 em 2013 - queda de 67,6%. Os casos graves da doença também caíram 56% no período - foram confirmados 2.478 casos graves da doença, contra 5.674, em 2013.

Apesar disso, na capital paulista io número de casos saltou de 2.617 em 2013 para mais de 5 mil casos considerando os registros feitos até a primeira semana de maio.

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