SÃO LUÍS - O número de adolescentes levadas no domingo (4), no último rapto atribuído ao grupo radical islâmico Boko Haram no Nordeste da Nigéria, é 11 e não oito, segundo novo balanço feito nesta quarta-feira (7) por um representante municipal, Hamba Tada. Depois de terem atacado uma aldeia no estado de Borno, no domingo à noite, e levado oito adolescentes, os raptores atacaram uma segunda localidade nas proximidades e “levaram mais três meninas”.
No total, os integrantes do Boko Haram “raptaram 11 adolescentes entre 12 e 15 anos nas aldeias de Warabe e Wala”, precisou.
O anúncio dos novos raptos foi feito depois do Boko Haram ter reivindicado o sequestro, em 14 de abril, de mais de 200 meninas de uma escola em Chibok, no Norte da Nigéria.
Em um vídeo, o líder do grupo extremista, Abubakar Shekau, disse que as adolescentes raptadas vão ser tratadas como “escravas”, “vendidas” e “casadas” à força.
Segundo a polícia, das 276 adolescentes que foram raptadas, 53 conseguiram fugir e 223 continuam sequestradas.
O Departamento de Estado norte-americano disse ter informações de que as meninas foram levadas para países vizinhos. As autoridades dos dois países desmentiram que as estudantes estejam em seu território.
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O presidente Barack Obama disse, nessa terça-feira, que os nigerianos aceitaram o envio de especialistas norte-americanos, militares, policiais e outros agentes para tentar localizar onde as adolescentes estão e ajudá-las.
O presidente francês, François Hollande, assegurou que a França “fará tudo para ajudar a Nigéria a apanhar o grupo e a encontrar as reféns”.
Os fundamentalistas do Boko Haram pretendem criar um estado islâmico no Norte da Nigéria, essencialmente muçulmano, ao contrário do Sul, onde os cristãos são maioria.
“A educação ocidental é um pecado” é o significado de Boko Haram em haussa, a língua mais falada no Norte do país mais populoso de África, com 160 milhões de habitantes.
Ativo há cinco anos, o Boko Haram tem praticado inúmeros atentados – são atribuídos a ele mais de 1.500 mortos só este ano –, ataques a escolas, liceus e universidades, mas os sequestros em massa de adolescentes são um fato novo.
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