Denúncia

Moradores denunciam presença de agrotóxicos nos rios em Mirador

Moradores da comunidade Papagaio em Mirador, relatam queimaduras e coceiras graves na pele após uso da água dos rios e riachos da região do Parque Estadual do Mirador.

Imirante.com, com informações do G1 MA

Atualizada em 26/03/2022 às 18h16
Moradores estão desenvolvendo coceiras e queimaduras na pele após uso da água na região. (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

MIRADOR - Moradores da comunidade Papagaio situada no município de Mirador a 499 km de São Luís, denunciam a presença de veneno nos rios e riachos do Parque Estadual do Mirador. De acordo com a população, o veneno seria derivado de agrotóxicos nas plantações de soja e milho presentes nas produções agrícolas nos arredores do Parque Estadual.

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A comunidade está localizada na maior unidade de conservação de proteção integral do Maranhão. Apesar de ser uma área de conservação, também é uma área de produção agrícola. A quase na última semana, mudança na cor da água chamou atenção da população, que acreditam estar ligadas ao despejo de agrotóxicos pelas produções agrícolas, afetando os recursos hídricos usados pelos moradores da comunidade.

A área recentemente foi atingida pelas enchentes do início do ano e ainda tem comunidade isolada. Na semana passada, o nível do Rio Itapecuru voltou a subir, desde então, a água que sai do local e abastece as comunidades têm causado problemas à saúde dos moradores, relatos sobre queimaduras e coceiras graves na pele se espalharam pelas redes sociais.

A Defensoria Pública e a Federação dos Trabalhadores Rurais do Maranhão (Fetaema) acompanham o caso, e dizem que a área é cercada pelo plantio de milho e soja, e que a denúncia da presença de agrotóxicos nos rios da região deve ser investigada, e irá solicitar uma perícia para analisar a situação da água.

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“É fundamental que o estado do Maranhão, através da Sema e através da Polícia Civil, investigue essa contaminação massiva. É uma contaminação que atinge, pelo menos, oito comunidades e 250 famílias de trabalhadores e trabalhadoras rurais que vivem há décadas no interior do Parque Estadual do Mirador”, disse Diogo Cabral, advogado da Fetaema.

Em nota a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) informou que já tomou conhecimento sobre o problema e que já incluiu todos os povoados na rota de fiscalização da Sema e disse também que está em contato com as Secretarias Municipais de Saúde e de Assistência Social de Mirador que devem prestar assistência as famílias atingidas.

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