Sem acordo

Greve dos rodoviários do sistema semiurbano entra no terceiro dia na Grande São Luís

A paralisação só deve terminar após uma decisão da Justiça do Trabalho.

Imirante.com

Atualizada em 29/04/2024 às 07h15
Ônibus do sistema semiurbano estão há três dias parados nas garagens. (Foto: Murilo Lucena / TV Mirante)

MARANHÃO - A greve dos rodoviários do sistema semiurbano da Grande São Luís entra no terceiro dia neste sábado (27). Até o momento, nenhum acordo entre a categoria e os empresários foi firmado. Uma reunião para fim da greve da categoria só deve acontecer após decisão da Justiça.

A categoria está de braços cruzados desde quinta-feira (25) por atraso do salário do mês de abril, é o que afirma o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema). Com a paralisação, nenhum ônibus semiurbano circula em Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar, afetando cerca de 150 mil usuários do transporte público.

Consequências da greve

O reflexo da greve é visto no sistema de transporte urbano da São Luís. Os ônibus que estão circulando normalmente dentro da capital acabam ficando superlotados. Além disso a busca por vans, táxi lotação, mototáxi e carros de aplicativo aumentou desde quinta.

Sem previsão de pagamento dos salários

O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís (SET), Paulo Renato Pires, não negou o atraso nos salários, mas não deu previsão para o pagamento.

"Dia 11 foi pago (pela MOB) o subsídio referente a janeiro de 2024. Estamos nesse momento em reunião e a primeira providência é lutar para que a Justiça do Trabalho declare a greve ilegal, pois não obedeceu os prazos obrigatórios. Isso impossibilitou tanto as empresas como a MOB de responder antes de qualquer paralização, pois deveria cumprir 72h. O retorno à operação, pelo menos de 70% dos trabalhadores, é essencial", declarou.

Judicialização do movimento

O SET entrou com uma ação judicial e só quer se reunir com os sindicato dos motoristas após a decisão do Tribunal Regional do Trabalho sobre a ilegalidade da greve, o que ainda não tem prazo certo para acontecer. 

Já a Agência de Mobilidade Urbana (MOB), do Governo do Maranhão, diz que busca reunir as partes para a resolução dos impasses, o que também só deve acontecer após a decisão da Justiça.

Por meio de nota, a Agência de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) disse que repassou o subsídio às empresas do transporte semiurbano no último dia 11 de abril e que é delas a responsabilidade de efetuar o pagamento dos funcionários. Leia na íntegra:

"A Agência de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) informa que foi realizado o pagamento do subsídio às empresas do transporte semiurbano no último dia 11 de abril, que não é destinado à remuneração de funcionários. O pagamento dos funcionários é de responsabilidade das empresas de transporte público.

A MOB destaca que em casos de grandes dificuldades por parte das empresas, que resultem no comprometimento do serviço prestado, poderá ser feita intervenção ou mesmo substituição para que os usuários não sejam prejudicados.

Destaca ainda que está em processo de análise, buscando a total licitação do sistema de transporte semiurbano no Maranhão."

 

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