MARANHÃO - A família de Getúlio Rodrigues Frazão e Larissa Frazão de Almeida, pai e filha maranhenses que morreram em uma chacina dentro de um bar em Sinop, no Mato Grosso, tem passado por momentos de imensa tristeza e revolta após o acontecido.
A irmã de Getúlio, Raimunda de Deus Sousa Frazão, falou pela primeira vez sobre o caso nesta sexta-feira (24). Em entrevista à TV Mirante, a maranhense relatou que a morte trágica dos seus entes queridos destruiu toda a família. "Jamais pensei que uma coisa dessas, uma tragédia dessas fosse acontecer. É tão terrível que acabou a alegria da nossa família, que destruiu a vida da nossa família, destruiu a minha vida. Toda família está destruída", disse.
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O velório de Getúlio e Larissa está previsto para acontecer nesta sexta-feira (24), na casa de Raimunda, que fica no município de Governador Nunes Freire. Os corpos das vítimas chegaram ao Maranhão de avião, em seguida, vieram de ferry boat até a baixada maranhense, onde vão seguir de carro até o município.
Autores do crime
Até o momento, apenas Edgar Ricardo de Oliveira, um dos assassinos da chacina, está preso. O outro cúmplice dele, identificado como Ezequias Souza Ribeiro, morreu em confronto com a polícia. Enquanto aguarda a chegada dos corpos do irmão e da sobrinha, Raimunda de Deus disse que espera por justiça. "Que ele [Edgar] pague, que a justiça seja feita, mas que não pare por aí, que ele fique lá e não seja solto nunca mais", afirmou.
Sobreviventes
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Os dois únicos sobreviventes da chacina em Mato Grosso são maranhenses. Eles foram identificados como Raquel Gomes de Almeida, que era esposa de Getúlio e mãe de Larissa; e o sobrinho dele, Luiz Carlos Souza Barbosa. Eles chegaram à Governador Nunes Freire na noite dessa quinta-feira (23) para participarem do velório.
Getúlio Rodrigues Frazão Júnior tinha 36 anos e era natural de Centro Novo do Maranhão. Ele morava há três anos no Mato Grosso, onde trabalhava como pedreiro. Já Larissa Frazão, filha de Getúlio, tinha apenas 12 anos e havia se mudado desde janeiro para Sinop, onde morava com o pai e ficaria para estudar.
“A Larissa foi lá para onde o pai dela agora em janeiro, que foi quando ela já foi mesmo pra ficar, pra estudar, pra ficar mesmo morando lá com ele. Porque antes ela ia, com a mãe dela e passava um tempo lá, depois elas voltavam. Agora elas estavam decididas mesmo a ficar em Sinop", explicou Marli Almeida de Sousa, irmã do maranhense Getúlio Rodrigues e tia de Larissa.
Outra vítima
O terceiro maranhense morto na chacina, Maciel Bruno, foi velado nessa quinta-feira (23) em Mato Grosso. O pai dele, Aulo Costa, falou da relação com o filho que era considerado um 'craque' na sinuca, além de ser muito carinhoso, brincalhão e generoso. O maranhense, que era natural de Bacabal, morava no Mato Grosso quando tinha 17 anos e era especialista em Sinuca.
Relembre o caso
Na terça-feira (21), Edgar Ricardo e Ezequias Souza - autores da chacina - combinaram uma partida apostada contra Getúlio Rodrigues em um bar, cujo Maciel Bruno é proprietário. Nesse dia, Getúlio, que também é maranhense, venceu duas vezes.
Momentos depois de perder a partida e cerca de R$ 4 mil, Edgar e Ezequias resolveram matar Getúlio e outras pessoas que estavam no bar, incluindo Maciel e até uma adolescente, Larissa Frasão de Almeida, de 12 anos, que era filha de Getúlio.
Após o crime, Ezequias foi morto nesta quarta-feira (22) em um confronto com a polícia, enquanto Edgar decidiu se entregar à Polícia Civil. A dupla usou uma espingarda 12mm e uma pistola 38 para matar as vítimas. A espingarda e a caminhonete usadas na chacina foram apreendidas.
Os dois homens têm passagens pela polícia, sendo Ezequias por porte de arma ilegal, roubo, formação de quadrilha, lesão corporal e ameaça, além de possuir um mandado de prisão em aberto. Já Edgar possui passagem por violência doméstica.
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