São Luís

Polícia faz reconstituição de morte de empresário no Araçagi

Polícia trabalha com a hipótese de um outro mandante do crime. Identidade é mantida em sigilo.

Imirante.com, com informações da Mirante AM

Atualizada em 27/03/2022 às 12h31

SÃO LUÍS - O superintendente de Polícia Civil da capital, delegado Sebastião Uchôa, acompanhado de peritos do Instituto de Criminalística (Icrim), policiais militares, advogados das partes e de dois envolvidos na morte do empresário Marggion Lanyere Andrade, de 45 anos, morto no último dia 14 e enterrado em um terreno de sua propriedade na Rua Bonanza, no Araçagi, voltaram neste domingo (23) ao local do crime para fazer a reconstituição. O trabalho começou cedo, por volta das 8h, e durou toda a manhã. O objetivo da reconstituição foi conseguir novas informações sobre o dia do crime para incluir no relatório do inquérito.

A reconstituição seguiu três etapas: primeiro com o caseiro Roubert Sousa dos Santos, de 19 anos, depois com o adolescente de 15 anos, também acusado de participar do crime. Em seguida, a reconstituição aconteceu com os dois.

Segundo Sebastião Uchoa, os depoimentos dos acusados são coincidentes. Eles contam a mesma versão, mas com palavras diferentes. “O que nós queremos é observar as semelhanças nas declarações para podermos concluir o inquérito. Além disso, a novidade é que temos testemunhas que estão confirmando as nossas teses e esclarecendo o crime”, disse Uchôa.

Sobre o crime - O crime que vitimou o empresário ocorreu na manhã do dia 14. O corpo de Marggion Lanyere Andrade foi encontrado no dia seguinte enterrado em uma cova rasa em um terreno de sua propriedade no bairro Araçagi. De acordo com as investigações da polícia, o crime teria sido motivado por uma disputa pela propriedade do terreno, pois o lote teria sido vendido pela imobiliária Territorial para três pessoas diferentes. Marggion teria sido o primeiro comprador e estava construindo uma casa no local, apesar de já ter sofrido diversas ameaças de morte por causa do terreno.

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A imobiliária que realizou a venda do terreno pertence a Elias Orlando Nunes Filho, que está sob investigação, pois o caseiro Roubert Sousa dos Santos, 19 anos, teria confessado que o mandante do crime teria sido o corretor.

Elias chegou a ser preso como mandante do crime, mas conseguiu um habeas corpus em menos de 24 horas. Ainda de acordo com o depoimento do caseiro, o autor do disparo que atingiu a nuca do empresário foi o ex-presidiário Alex Nascimento de Sousa, que ainda está sendo procurado pela polícia e que seria cunhado de Roubert Sousa.

O crime foi acertado com Elias Nunes, que se propôs a pagar a quantia de R$ 15 mil pela morte de Marggion. O caseiro combinou o crime com Alex Nascimento de Sousa, ex-presidiário e que já havia trabalhado para a vítima. Para cometer o crime, eles chamaram um adolescente de 15 anos. Na sexta-feira, dia 14, eles cavaram uma cova no terreno e, quando Marggion Lanyere chegou ao local para deixar a comida do caseiro, Alex disparou na nuca do empresário. Roubert e o adolescente teriam carregado o corpo de Marggion para a cova.

A Polícia trabalha com a hipótese do envolvimento de um outro mandante do assassinato do empresário, mas mantém a identidade da pessoa em sigilo.

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