Tribunal do Júri

Homem é condenado a 30 anos de prisão por matar companheira com açaí envenenado em Imperatriz

Moisés Pereira da Cruz foi considerado culpado pelo Tribunal do Júri, após ser acusado de matar Valquires Silva com chumbinho para encobrir crimes contra suas filhas.

Imirante.com, com informações da CGJ-MA

Atualizada em 20/11/2024 às 11h03
Juíza Edilza Barros, ao centro, lendo a sentença durante julgamento em Imperatriz. (Foto: Divulgação / CGJ-MA)

IMPERATRIZ - O Tribunal do Júri de Imperatriz condenou a 30 anos de prisão Moisés Pereira da Cruz, acusado de matar sua companheira Valquires Silva da Conceição. O julgamento foi realizado nessa segunda-feira (18) e presidido pela juíza Edilza Barros Lopes, que considerou o réu culpado.

O crime aconteceu no Povoado Bananal, Zona Rural de Governador Edison Lobão, na região tocantina do Estado, onde Moisés e Valquires viviam há oito anos. Segundo a denúncia do Ministério Público do Maranhão (MP-MA), Moisés envenenou a companheira com chumbinho, possivelmente para encobrir abusos sexuais cometidos contra as filhas menores de Valquires. Durante o julgamento, foi destacado que o casal vivia uma relação marcada por violência doméstica, embora a vítima nunca tenha formalizado queixas.

Na noite antes do crime, Valquires e suas filhas haviam saído para a igreja. Ao retornar, ela consumiu açaí oferecido por Moisés, começando a passar mal logo em seguida. Quando a filha pediu ajuda ao avô, Moisés não prestou socorro, permanecendo em silêncio. Valquires foi levada ao hospital, mas já chegou sem vida. A perícia revelou a presença de "chumbinho" em seu corpo, confirmando o envenenamento.

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O MP-MA argumentou que o crime foi premeditado, e o réu agiu com dissimulação, mantendo uma aparência normal ao oferecer o alimento envenenado. O histórico de violência e abuso de Moisés foi citado na denúncia, reforçando a gravidade de seus atos. A sentença final destacou a personalidade agressiva e manipuladora do réu, que também foi acusado de outros crimes, incluindo abuso sexual contra as filhas da vítima.

A juíza Edilza Barros Lopes ainda ressaltou que, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, a condenação no júri popular justifica a execução imediata da pena, o que foi determinado no caso de Moisés. O Tribunal de Justiça também anunciou que dois outros júris ocorrerão nos dias 27 e 29 de novembro, finalizando as sessões de 2024.

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