Caso Pedro Ventura

Reconstituição da morte de Pedro Ventura pode ter nova diligência

A reconstituição será na casa e no local onde corpo foi encontrado, enterrado em cova rasa.

João Rodrigues/ Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h34
Perícia faz reconstituição do assassinato do microempresário Pedro Ventura. (Foto:João Rodrigues/ Imirante Imperatriz)

IMPERATRIZ – Iniciada na tarde desta segunda-feira (28), a reconstituição do assassinato do microempresário Pedro Brandão Ventura poderá se estender para outros dias. A primeira parte ocorre na casa onde vítima e acusada moravam, na rua Minas Gerais, bairro Juçara e a segunda, no local onde o corpo foi enterrado em cova rasa no município de Buritirana.

Da reconstituição estão participando Célia Ribeiro Teotônio e o irmão dela Daniel Teotônio. Nos autos ela admitiu ter atirado e matado e ex-marido e Daniel admitiu que ocultou o cadáver.

“Na realidade, muito embora o crime já esteja elucidado, a confissão por si só não pode ser o único meio de prova admitido no direito. Não basta você confessar o crime, você tem que demostrar que o que está sendo dito é verdade”, explicou o delegado regional, Eduardo Galvão.

Com a ajuda dos acusados Célia e Daniel, os peritos refazem a cena do crime. Tudo é anotado e fotografado para ser anexado aos autos.

Acompanham o trabalho dos peritos o juiz de Direito, Marco Antonio, que está com o processo, os promotores Carlos Augusto Ribeiro Barbosa Carlos Rosten, o delegado Carlos Cézar de Andrade e o delegado regional, Eduardo Galvão.

O início da reconstituição às 16h foi para coincidir com o horário citado nos autos como do crime. Em seguida, está previsto para, ainda, hoje (28) a reconstituição no local onde o corpo foi enterrado em cova rasa, em fazenda no município de Buritirana.

“A cena principal do crime, a cena primária é aqui, e daí por diante cada um vai dar sua versão o que teria ocorrido e a ideia é que se leve até o local onde o corpo foi achado. Vamos ver se tem condições de eles levaram a gente, não sabemos se vamos ter condições de fazer todas as diligências hoje”, disse o delegado regional, acrescentando que o trabalho pode ser estendido a outros dias.

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Apontado no processo como um dos envolvidos no crime, Laércio Teotonio não participa da reconstituição.

“Na verdade ele nega qualquer participação, então não faz sentido uma reconstituição com ele, se ele não admite participação. É preciso destacar que os acusados não estão obrigados a participar, eles têm assegurado na Constituição o direito de não constituir provas contra si”, ressaltou o promotor de Justiça Carlos Roston, da 7ª Promotoria Criminal.

Isolamento de área

Para a realização da reconstituição, a rua Minas Gerais, no quarteirão onde fica a casa apontada como local do crime foi interditada. Policiais militares fazem a segurança da área que está isolada. Alguns curiosos ficam à distância acompanhando a movimentação.

Os dois acusados chegaram ao local da reconstituição em um carro da polícia que entrou na garagem da casa. Todo o trabalho da perícia se dá no interior da residência.

Depois de aproximadamente uma hora da entrada de policiais, peritos, promotores e juiz na casa, alguns deles foram para a frente da moradia e a uma casa vizinha. Eles conversavam muito entre si.

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