Após aprovação em vestibular do ITA

Depois de serem aprovados no ITA, maranhenses pleiteiam vagas no exterior

Os estudantes imperatrizenses Roger e Rener Leite Lucena foram aprovados no ITA.

João Rodrigues/ Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h36

IMPERATRIZ – Enquanto milhões de estudantes aguardam o ingresso em instituições de ensino superior por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), dois imperatrizenses começam 2016 em ritmo de comemoração por feitos educacionais admiráveis.

Roger e Rener Leite Lucena foram aprovados em vestibular do ITA. (Foto:João Rodrigues/ Imirante Imperatriz)

Aprovados para o Curso de Engenharia Eletrônica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), um dos mais concorridos do país, os irmãos Roger e Rener Leite Lucena ousaram ir ainda mais longe: pleitearam ingresso em faculdades estrangeiras. Um deles já conseguiu a vaga e o outro aguarda o resultado de seletivos em sete instituições de ensino.

No ano de 2014 Roger chamou a atenção da imprensa ao ser aprovado em segundo lugar no vestibular do ITA, até então único maranhense a obter essa classificação.

Embora tivesse sido aprovado em outros vestibulares, ele preferiu cursar Engenharia Eletrônica no instituto, que fica em São José dos Campos (SP), e ano passado foi aprovado em seletivo para a École Polytechnique de Paris, uma das melhores universidades de engenharias do mundo, que tem entre os ex-alunos ganhadores de prêmios Nobeis.

Roger conta que ao ingressar no ITA já tinha planos para estudar no exterior, aproveitando-se de uma parceria do instituto brasileiro com faculdades e universidades de outros países e acabou obtendo sucesso ao ser aprovado em seletivo, praticamente dois anos depois.

“Estou indo continuar a graduação que comecei aqui, mas junto com os franceses, que tiveram esses dois anos de classe preparatória após o ensino médio”, anuncia o rapaz, agora com 20 anos.

Placa mostra alguns nomes de ex-alunos famosos de universidade francesa onde Roger Lucena acaba de ser aprovado em seletivo. (Foto: Divulgação/)

O curso vai durar três anos e meio e no último ano o estudante, ainda, poderá ingressar em uma universidade parceria da universidade parisiense que pode conseguir o mestrado em um terceiro país.

O irmão mais novo, Rener, atualmente com 18 anos, foi aprovado no vestibular do ITA, pela segunda vez no fim do ano passado, nem começou a estudar, mas já faz planos para o exterior.

“Eu apliquei para sete universidade dos Estados Unidos e estou esperando o resultado. Estou indo em 2016, para o ITA, em São José dos Campos (SP), mas esperando o resultado dos Estados Unidos”, revela Rener, que gosta do Curso de Engenharia Eletrônica por este ser um ramo do conhecimento com grande abrangência e ter no currículo matérias como circuitos e telecomunicações.

“Os cursos do ITA são excelentes, mas os Estados Unidos têm a supremacia nesse sentido. As faculdades de engenharias de lá são as melhores do mundo. Seria o mesmo curso daqui que pretendo fazer lá, mas eles ainda têm abrangência maior que é Engenharia Elétrica, se não me engano que abrange tanto eletrônica, quanto outras partes de programação até um pouco de computação”, completa Rener.

Roger e Rener Leite Lucena com a mãe e uma tia. (Foto:João Rodrigues/ Imirante Imperatriz)

O sucesso dos irmãos Leite Lucena, que tiveram o início dos estudos em escolas públicas de Imperatriz, é definido pela psicopedagoga e especialista em psicologia educacional Joselma Gomes como uma exceção.

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Embora ela reconheça que a cidade tem bons e extremamente comprometidos profissionais, há outros fatores para explicar sobre a carreira vitoriosa dos irmãos.

“(...) Então não é de se admirar que a cada ano a gente tenha surpresas agradáveis dessa natureza, de alunos que se sobressaem diante de um Brasil inteiro de concorrência por conta de investimentos que foram feitos por eles, pelas escolas e que isso os diferenciaram nesse sentido”, avalia a especialista, acrescentando que há, ainda, a motivação pessoal dos alunos em buscar o conhecimento e uma participação interessantíssima da família, que também, dá um suporte.

“Não podemos desmerecer ou merecer ninguém nesse processo porque há muitos envolvidos aí. Quando alguém chega num resultado dessa ordem, existem um conjunto de coisas que está ajudando, como a família, a escola e o próprio sujeito da aprendizagem que está investindo ali grandemente”, raciocina Joselma Gomes.

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