IMPERATRIZ – O Maranhão registrou cerca de 41 mil focos queimadas este ano em terras indígenas do Estado, que possui 21 áreas consideradas Terras Indígenas, abrangendo cerca de 24 mil km² de áreas protegidas, distribuídas em 30 municípios.
As áreas com maiores registros de queimadas do Estado foram as aldeias Araribóia, Cana Brava, Porquinhos e Bacurizinho. As terras com menor incidência foram as de Morro Branco e a de Kanela (Triângulo). Os dados são do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), que realizou um estudo sobre a incidência de focos em áreas indígenas.
O Instituto de Pesquisas Especiais (Inpe) registrou, em todo o país, 228 mil focos de queimadas. Segundo o Inpe, eles são provocados sobretudo pela ausência de chuvas e secas constantes.
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No Maranhão, além desses aspectos, os excessos de roças de toco, os tipos de técnica de queimada na colheita da cana, além da identificação de pontos de desmatamento ilegal, colaboraram para as queimadas.
Para o pesquisador do Imesc, Yata Anderson Gonzaga, o Estado deve investir na produção de estudos específicos que avaliem os aspectos socioeconômicos e ambientais das Terras Indígenas.
“Percebe-se, a partir dos dados analisados, a necessidade de se institucionalizar e investir em mecanismos que façam a integração de análises avançadas, visando o compartilhamento das informações de forma transversal como forma de subsidiar uma gama de ações envolvendo esses espaços”, destacou.
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