Protesto

Indígenas e quilombolas continuam na sede da Funai em Imperatriz

A luta é pelo reconhecimento étnico e territorial.

Imirante Imperatriz, com informações da assessoria.

Atualizada em 27/03/2022 às 11h39
(Tátyna Viana/Divulgação )

IMPERATRIZ - Os índios e tribos de diversas etnias ocuparam desde segunda-feira (5), a sede da Funai, em Imperatriz. A ação compõe o quadro de atividades da "Articulação Nacional" contra a PEC 215, que denuncia o desmonte de direitos indígenas, quilombolas e unidades de conservação e ainda, decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que anularam as portarias declaratórias de terras indígenas, dentre elas a revisão dos limites da terra indígenas Porquinhos, dos Kanela Apanyekrá.

Entre as reivindicações, destaca-se a luta pelo reconhecimento étnico e territorial. Um grande impasse é a realidade enfrentada pelo povo Krenyê, que foi retirado de seu território de origem na primeira metade do século XX devido a conflitos com criadores de gado e uma epidemia de sarampo. Em razão disso, durante cinco anos viveram na periferia da cidade de Barra do Corda (MA) de forma precária, sem assistência dos órgãos públicos responsáveis em atender os povos indígenas e, enfrentando preconceito e discriminação.

Em 2010 os Krenyê adquiriam uma chácara com recursos próprios, onde constituíram a Aldeinha São Francisco e vivem à espera da demarcação de sua terra, enfrentando ainda uma série de dificuldades no que diz respeito ao atendimento à saúde, educação e outros.

Ocupação

A ocupação deve seguir pelos próximos dias e além dos povos indígenas e quilombolas, tem articulação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Rede Justiça nos Trilhos, Cáritas, Moquibom, Miqcb, Dioceses de Viana e Imperatriz, Teia dos Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão, com o apoio da Associação dos Catadores de Material Reciclável (Ascamari) e do Movimento das Comunidades Produtoras (MCP).

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