Greve

ITZ: terceirizados da Caema fazem greve por salários atrasados

Os trabalhadores fazem serviço de campo e estão com quatro salários atrasados.

Rhaysa Novakoski / Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h45
Cerca de 30 funcionários estão com quatro meses de salário atrasado. (Foto: Rhaysa Novakoski/ Imirante Imperatriz)

IMPERATRIZ – Os funcionários de uma empresa terceirizada, que presta serviço para a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), realizam, desde a manhã de hoje (4), greve por conta de quatro meses de salário atrasado.

Cerca de 30 trabalhadores fazem todo o serviço de campo para a empresa em Imperatriz, realizando a manutenção de tubulações, reparos de danos e ligações.

Eles estão concentrados em um dos escritórios da terceirizada, no bairro Parque Buriti, onde os carros, também, estão parados. Os funcionários permanecerão em greve até que a situação seja resolvida.

De acordo com um dos manifestantes, Wanderson da Silva Santos, já foram realizadas outras três paralisações, também, por conta de salários. Por conta de uma dessas paralisações, foi descontado o salário correspondente a outubro de 2014.

“A gente trabalha praticamente um ano para receber duas, três vezes. Quem trabalha, trabalha por salário, não trabalha como escravo, como a gente está aqui. Não dão nem farda”, afirma o funcionário, que cobra, ainda, melhores condições de trabalho.

O operador de máquinas Gilmar Oliveira, conta que o atraso no pagamento é um problema recorrente.

“Esse problema não é só de hoje, é de muito tempo. A empresa vai fazer seis ou sete anos e é desse mesmo jeito”, denuncia o trabalhador, que pede a intervenção do poder público e do Ministério do Trabalho no caso.

A esposa de Gilmar, Dayane Ribeiro, que é dona de casa, explica que tem quatro filhos para sustentar e quatro meses de aluguel atrasado para pagar. Segundo ela, a família está em uma situação difícil.

“A gente tem porque compra fiado, mas tem que pagar no final do mês. Aqui todo mundo tem família, filho e está passando por dificuldade, porque não tem como tirar (dinheiro) de outro lugar”, desabafa.

De acordo com os manifestantes, a empresa não deu um prazo certo para o pagamento dos salários atrasados. O Imirante Imperatriz tentou falar com algum representante da Caema, mas os telefonemas não foram atendidos.

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